quarta-feira, 4 de junho de 2025

Quer saber a opinião de alguém? Pergunte.

 

Montar um projeto para jovens é, muitas vezes, como se preparar para um duelo de swordplay sem saber qual arma o adversário vai usar. Você veste a armadura, treina os golpes, organiza o campo de batalha... e, quando o jogo começa, ninguém aparece. Ou pior: aparece, mas não se envolve, não se empolga, não retorna. Infelizmente, é o que acontece com muitos projetos voltados à juventude. Mesmo os mais bem-intencionados naufragam porque falham num ponto essencial: ouvir os jovens antes de tentar falar com eles.

Essa é uma armadilha comum. Gastam-se horas elaborando propostas, escrevendo editais, pensando slogans “descolados” e materiais coloridos — mas tudo isso é inútil se o projeto não dialoga com o que realmente interessa à juventude. No caso do swordplay, por exemplo, trata-se de uma atividade que mistura movimento, fantasia, trabalho em equipe e uma certa dose de liberdade criativa. Parece perfeito, não? E, de fato, pode ser. Mas só vai funcionar se os jovens se enxergarem ali dentro. E, para isso, é preciso escutar.

Trabalho em escolas, com alunos e grêmios estudantis, há tempo suficiente para saber que jovem não quer ser plateia de palestra. Eles querem ser parte da construção. Querem espaço, escuta ativa e retorno. Quando você abre o diálogo com sinceridade — sem querer impor, sem fazer de conta que está ouvindo — os resultados aparecem. Já vi propostas ganharem vida nas mãos de adolescentes que, até a véspera, pareciam desinteressados. Basta que eles sintam que a ideia é deles também.

Por isso, se alguém quer montar um projeto de swordplay voltado para jovens — ou qualquer outra atividade — o primeiro passo não é comprar espadas de espuma. É perguntar. Reunir grupos diversos, de diferentes idades, escolas, estilos. Conversar com eles. “Vocês conhecem swordplay?”, “Esse tipo de jogo interessaria vocês?”, “O que poderia tornar isso divertido?”, “Como gostariam de participar?”. Isso vale mais do que qualquer formulário elaborado. A escuta direta é o que transforma boas intenções em ações eficazes.

Quanto mais cedo soubermos perguntar — e, principalmente, ouvir — mais cedo poderemos transformar atividades como o swordplay em pontes reais entre o universo juvenil e as oportunidades que queremos oferecer. Projetos que nascem de perguntas sinceras têm mais chance de virar espada na mão, e não só figurinha em cartaz.

quinta-feira, 29 de maio de 2025

E se ninguém se importa mais?

 É incrível como a nossa percepção a respeito da vida é tão pequena e limitada. Não temos noção de quase nada. O que sabemos vem pelos meios de comunicação, pelas notícias ou por aquilo que damos a sorte de ver no dia a dia. Mas, mesmo essa brutal limitação naquilo que sabemos ou que podemos conhecer, não nos impede de tomar decisões açodadas a respeito do mundo e das coisas que nos cercam. Tomamos a primeira versão daquilo que vemos como verdade universal, dificilmente nos colocamos no lugar dos outros, e muitas vezes não entendemos que aquela pessoa que está à nossa frente pode estar passando por uma série de problemas dos quais nós não temos a menor ideia... E ainda assim, investimos uma grande quantidade de energia, tempo, recursos, e sabe Deus mais o quê, naquela visão de mundo que apenas nós temos.


Para o bem ou para o mal, eu sou um escravo da minha consciência. Faço aquilo que acho que é certo, mesmo que eu demore um pouco.


No meio de 2024, depois do EPS daquele ano, eu lembro de ter comentado em algum lugar que uma das coisas boas do evento foi o fato de que um dos tradicionais grupos do Rio de Janeiro, o DK, não estivesse presente. Às vezes, um evento é bom não pelo que ele tem, mas pelo que ele deixa de ter.


Fui interpelado pela Nati, uma das mais antigas e respeitadas membros do DK, com uma veemência assombrosa. Na época, eu tinha tido uma querela muito grande com o DK do Distrito Federal e não queria ver qualquer um dos seus membros, ou qualquer membro do DK, nem pintado de ouro. E, na minha cabeça, achava que os líderes nacionais que eu conhecia do DK, como Richard e a Natália, que à época eram casados, não apenas sabiam do acontecido, mas fizeram algum tipo de corpo mole.


O tempo foi passando, mas aquela defesa veemente que a Natália tinha feito continuava martelando na minha cabeça, como um sentido aranha que não para de apitar quando tem alguma coisa errada.


Então eu parei e pensei: será que ela ou o Richard sabiam do que estava acontecendo por aqui? Munido de uma dose cavalar de coragem, eu mandei uma mensagem para ela, querendo colocar tudo em pratos limpos.


E a resposta dela foi tão desconcertante que eu me senti até mesmo um pouco envergonhado de ter trazido esse assunto à tona. Em quatro áudios de um minuto, ela me explicou tudo que tinha acontecido na sua vida nos últimos anos: sua separação, sua mudança de vida, o sentimento de traição, como ela tinha se afastado do DK nos últimos anos e, segundo ela, não lembrava de nada do que havíamos conversado. Lembrava de um comentário que trocamos nas redes sociais alguns anos atrás, mas disse que nada daquilo era realmente importante para ela.


E agora vem o pulo do gato: uma coisa que me incomodou por tanto tempo, mas que, para ela, não tinha importância nenhuma.


Isso me deu uma epifania e me fez questionar o que é que eu ando fazendo, o que é que eu ando pensando a respeito das coisas do mundo, como se tivessem uma grandessíssima importância... quando, na verdade, talvez não tenham importância nenhuma.


Minha mãe, uma das mulheres mais sábias que eu já conheci, certa vez me apresentou uma música do Oswaldo Montenegro, chamada A Lista. Um de seus versos martelou na minha cabeça logo depois da conversa com Natália: "Quantos segredos você guardava, hoje são tão bobos, ninguém quer saber?"


Então eu tive o que, na filosofia, nós chamamos de epifania: uma espécie de grande revelação na minha vida.


Será que eu continuo dando importância a coisas que não importam para mais ninguém? Será que eu venho deixando de viver a minha vida por conta de pessoas que não importam mais? Quais serão os segredos que eu guardo que ninguém quer saber?


Munido dessa revelação, fui procurar alguém que conhecia o caso todo e, para minha surpresa, o meu bom amigo Fox, da Magnus Legion, me apresentou uma segunda metade dessa epifania. Não apenas as coisas que eu julgava ser importantes podem não ter importância nenhuma, mas também o outro lado pode ter sua própria verdade — uma verdade à qual eu nunca vou ter acesso. Pelo menos, nunca completamente de verdade. É mais ou menos como o incognoscível das coisas de Immanuel Kant. Mas aí já é filosofia demais para um texto jogado num blog como esse.


É óbvio que a vida segue, e não é porque eu estou questionando esses valores guardados que eu vou baixar a guarda e deixar que volte para minha vida pessoas que um dia me machucaram. Mas parece que, para mim, neste momento, é importante repensar aquilo que eu venho fazendo, com quem eu venho me relacionando e, finalmente, aquilo que eu estou dando importância.


E sem perder de vista que, do outro lado da equação, tem uma pessoa — todo um universo — do qual eu não tenho a menor ideia...

terça-feira, 30 de julho de 2024

A Importância da Malícia e da Cautela nas Relações Sociais no Swordplay

Na complexidade das relações humanas, é inevitável que, independentemente de quão bons sejamos e de quanto nos importemos com os outros, sempre haverá pessoas que não se importarão conosco da mesma forma. Essa realidade, por mais dura que possa parecer, é uma parte intrínseca da natureza humana e das interações sociais. Aprender a lidar com isso é essencial para preservar nossa integridade e bem-estar.

Infelizmente, com o swordplay não é diferente. Apesar de ser um esporte saudável que costuma trazer à tona o que há de melhor em nós, como senso de unidade, pertencimento e camaradagem, também pode atrair pessoas que se aproveitam dessa estrutura para se beneficiar. Não é incomum ouvir histórias correndo "à boca pequena" sobre puxadas de tapete e traições.

Para navegar nesse cenário, desenvolver malícia, no sentido de perspicácia e astúcia, é crucial. Como dizia Maquiavel: devemos ser valentes como o leão, mas espertos como a raposa. A malícia, aqui, não deve ser confundida com maldade, mas sim com a capacidade de ver além das aparências e entender as verdadeiras intenções das pessoas ao nosso redor. Muitas vezes, o que é apresentado na superfície não reflete a realidade subjacente. Portanto, ter malícia nos permite discernir entre o genuíno e o falso, protegendo-nos de possíveis decepções e manipulações.

Um exemplo clássico desse tipo de discernimento necessário é quando lidamos com pessoas ou grupos que pregam a união e a unidade, mas cujas ações revelam um desejo de controle e posse. É fundamental questionar as motivações por trás dessas mensagens. Por que alguém que fala tanto sobre união organiza suas atividades de forma isolada, sem discutir com outros? Esse comportamento pode ser um sinal de que o objetivo real é a centralização do poder, não o bem comum. Estar atento a essas discrepâncias é essencial para evitar ser manipulado ou explorado.

Outro aspecto a ser considerado é a falsa pregação da democracia e da pluralidade de vozes. Muitas vezes, indivíduos ou grupos clamam pela diversidade de opiniões, mas são os primeiros a silenciar qualquer voz dissidente. Esse tipo de hipocrisia pode ser extremamente prejudicial, pois mina os princípios fundamentais da liberdade de expressão e da verdadeira pluralidade de ideias. A democracia genuína acolhe a discordância e a crítica construtiva, ao passo que os falsos democratas buscam apenas reforçar suas próprias ideologias, eliminando qualquer oposição.

Finalmente, devemos sempre estar atentos aos amigos falsos. Esses indivíduos, que muitas vezes se apresentam como aliados e confidentes, podem ter segundas intenções. A falsidade nas amizades pode levar a traições dolorosas e à quebra de confiança, afetando profundamente nossa vida pessoal e emocional. Portanto, é prudente escolher nossos amigos com cuidado, observando suas ações ao longo do tempo e verificando se elas correspondem às suas palavras. Quantas vezes eu mesmo não fui vilipendiado por pessoas que se diziam meus amigos? Quantas vezes você, que está lendo isso, não foi vítima de uma falsa amizade?

Viver em sociedade exige uma constante vigilância e uma dose saudável de malícia para navegar pelas complexidades das interações humanas. Olhe bem as pessoas à sua volta. Preste atenção na diferença entre seus discursos e suas ações. Ser bom e importar-se com os outros são qualidades nobres, mas sem a capacidade de discernir as verdadeiras intenções e proteger-se contra manipulações e falsidades, corremos o risco de nos tornarmos vítimas de pessoas que não compartilham dos mesmos valores. A malícia, neste contexto, torna-se uma ferramenta vital para manter nossa integridade e bem-estar em um mundo repleto de intenções nem sempre claras.

terça-feira, 18 de junho de 2024

A Jornada de um Espadachim: Explorando a Diversidade das Artes Marciais

 Olá, queridos leitores!

Estou reabrindo esse blog depois de um tempo. É um renascimento.

E hoje, gostaria de compartilhar um pouco sobre a minha jornada no mundo das artes marciais e minhas reflexões sobre a diversidade e as semelhanças entre diferentes estilos de combate com espadas.

Desde cedo, espadas sempre me fascinaram. Fosse a esgrima exagerada dos filmes da antiga Sessão da Tarde dos anos 80, com clássicos como "Príncipe Valente", "O Escudo Negro de Falworth", "Zorro" com Douglas Fairbanks, "Robin Hood" com Errol Flynn, e "Os Três Mosqueteiros" com o eterno Gene Kelly, ou espadas mágicas em desenhos como "Thundercats", "He-Man", "Darkstar" e até obras de quadrinhos como "Camelot 3000". Transformava qualquer pedaço de madeira que caísse em minhas mãos numa espada invencível.

Minha jornada nas artes marciais começou a se tornar mais séria quando entrei no Instituto Niten, onde treinei sob a orientação do sensei Jorge Kishikawa. De lá, passei alguns anos na atividade recreativa de boffer swordplay e, mais recentemente, desde 2023, tenho me dedicado intensamente ao caminho da espada novamente.

Treinei também na escola Chien no Senshi, fundada pelo sensei João Martins, e sou autodidata em esgrima alemã (inspirada nos ensinamentos de Fiore dei Liberi), bem como em espada e escudo no estilo viking e medieval.

O que diferencia meu caminho é a abordagem menos ortodoxa que adoto para estudar essas artes. Não me prendo a rótulos ou formas específicas. Em vez disso, busco compreender e integrar técnicas de diferentes estilos, valorizando o aprendizado contínuo e a troca de conhecimentos entre tradições. Embora já tenha sido criticado por fugir do sistema rígido de algumas escolas, especialmente nas tradições europeias, acredito firmemente que não há limites para o que um ser humano pode aprender. Se Musashi estivesse vivo hoje, tenho certeza de que ele também buscaria dominar o escudo, a espada alemã e até mesmo o facão criolo.

Uma das coisas que mais me fascina é comparar diferentes estilos de artes marciais e observar as similaridades entre eles. Por exemplo, a postura waki-gamae no kendo é muito semelhante à postura de cauda longa ou portão de ferro na esgrima europeia. Essas comparações me instigam e me motivam a aprender cada vez mais.

No entanto, enquanto algumas posturas são semelhantes, outras técnicas diferem completamente. O trabalho de pés (footwork) é um ótimo exemplo dessas diferenças. No kendo, usamos o suri-ashi, um passo deslizante básico que proporciona estabilidade e rapidez. Na esgrima europeia, o footwork é mais variado e adaptável, focando em deslocamentos precisos e rápidos. Já na esgrima crioula, com facão e capa, utilizamos o jingado, um estilo mais fluido e rítmico, influenciado pelas danças locais.

Além das técnicas físicas, gosto de integrar filosofia em meus estudos de esgrima. Especialmente a filosofia estoica (inspirada por Marco Aurélio e Sêneca) e a pragmática (influenciada por Maquiavel). A meditação oriental, conhecida como moku-sô, também desempenha um papel importante em minha prática, ajudando a manter o foco e a clareza mental.

Minha jornada é uma busca contínua por conhecimento e entendimento das artes marciais. Ao deixar de lado as querelas entre estilos e escolas, acredito que podemos expandir nosso horizonte e nos tornar melhores praticantes e conhecedores da filosofia inerente à espada.

Espero que este texto inspire outros a seguir um caminho similar, buscando sempre aprender e crescer, sem se limitar a rótulos ou tradições específicas. Vamos juntos explorar o maravilhoso mundo da espada e suas inúmeras possibilidades!

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

É possível inovar no swordplay?

 Temos uma proposta inovadora para o swordplay!

Cara, quantas vezes eu já ouvi discursos parecidos com esse? Medir a inovação no swordplay é uma tarefa desafiadora por várias razões...

Primeiro, a definição de inovação no contexto desportivo qualquer inovação válida exige resultados concretos, o que é difícil de medir quando uma “inovação” está em estágio inicial. Seja uma estratégia tática aparentemente radical ou uma melhoria incremental, como prever seu impacto futuro? É literalmente “pagar para ver”.

Segundo, o grau de inovação no desporto pode ser subjetivo. Um líder que conhece diferentes abordagens táticas e estratégias utilizadas por equipes ao redor do mundo pode considerar uma ideia não inovadora, simplesmente porque já a viu em prática em outro lugar.

Terceiro, perceber a inovação no swordplay muitas vezes requer uma mente aberta para mudanças e novas ideias. No entanto, com o tempo, sua eficácia foi comprovada, e outras equipes passaram a adotar elementos dessa abordagem tática. Em bom português brasileiro: você tem que fazer diferente de todo mundo e tem que dar certo.

Quarto, o próprio grupo pode ser o maior entusiasta de suas próprias ideias, o que pode dificultar a avaliação objetiva das estratégias e táticas. Por isso, é crucial buscar feedback dos jogadores, e das pessoas em volta para entender como as inovações estão sendo percebidas e se estão gerando os resultados esperados.

A verdadeira inovação em um time desportivo só pode ser medida ao longo do tempo, com base em resultados tangíveis e na sua aceitação e adoção pela comunidade. Um time de sucesso é aquele que combina ideias inovadoras com uma execução eficaz, talento individual e trabalho em equipe.

Apesar dos obstáculos, a inovação é primordial neste esporte, pois pode levar a técnicas e estratégias que proporcionam vantagens competitivas. Para superar esses desafios, algumas dicas podem ser úteis:

Pensar fora da caixa: Ok, parece jargão de coach de liberalóide, mas escuta um pouquinho... No swordplay, pensar de forma criativa pode levar a novas estratégias e abordagens inovadoras não apenas no campo de batalha, mas na dinâmica do grupo intrapessoal ou extra-pessoal. Além disso, buscar patrocínios ou apoios externos pode ser uma alternativa para obter recursos para treinamento e equipamentos.

Analisar riscos: Assim como em qualquer esporte, a inovação no swordplay envolve riscos. É importante ter um plano de gestão de riscos para minimizar as chances de fracasso e garantir que as novas técnicas ou táticas sejam implementadas com segurança. Normalmente deixar alguém – uma pessoa, grupo ou comissão para cuidar disso enquanto o resto do pessoal executa.

Medir os resultados: Mesmo que o retorno esperado não venha no curto prazo, mensurar e mostrar os resultados em outras áreas. Além do desempenho em combate, a inovação no swordplay pode ser avaliada pela capacidade de atrair novos praticantes e pela reputação do grupo. Mensurar esses resultados pode fornecer insights valiosos sobre o impacto das inovações.

Investir em engajamento: No swordplay, um ambiente de treinamento que valoriza o engajamento dos praticantes e promove uma cultura de colaboração pode ser fundamental para a implementação bem-sucedida de novas técnicas e estratégias.

Incentivar a comunicação: A comunicação eficaz entre os praticantes, coordenadores e líderes de equipe é essencial para garantir que as inovações sejam compreendidas e implementadas de forma eficiente. O feedback constante também pode ajudar a aprimorar as inovações ao longo do tempo.

E, como dica final: ao apresentar uma nova estratégia ou abordagem inovadora para seu time, evite usar demasiadamente a palavra "inovador". Em vez disso, destaque os diferenciais e benefícios da sua proposta, deixando que os outros reconheçam sua inovação por si mesmos.

domingo, 20 de agosto de 2023

Treinando para vencer

No mundo do swordplay, onde cada movimento é uma dança coreografada de destreza e estratégia, o treinamento físico desempenha um papel fundamental no aprimoramento das habilidades marciais de um combatente. Assim como o ferreiro forja a espada, lapidando cada detalhe para criar uma lâmina perfeita, o guerreiro do swordplay molda seu próprio corpo e mente para se tornar uma força imparável no campo de batalha.

O treinamento físico é mais do que apenas ganhar músculos e resistência. É a busca incessante pela excelência que transforma um novato curioso em um mestre habilidoso. Cada repetição de um movimento básico é como o golpe do martelo na forja, fortalecendo os músculos e os reflexos necessários para a maestria. O guerreiro do swordplay mergulha nas profundezas do treinamento, repetindo cortes, defesas e movimentos até que se tornem uma extensão natural de seu ser.

O condicionamento físico não apenas aumenta a resistência, mas também aprimora a coordenação e a agilidade. Um combatente ágil é capaz de se esquivar dos ataques inimigos com uma graça felina, enquanto a coordenação afiada permite uma execução perfeita de técnicas complexas. Cada salto, giro e desvio é aprimorado pelo treinamento meticuloso, tornando o guerreiro uma força de movimento fluido e imprevisível.

No entanto, o verdadeiro poder do treinamento físico é espelhado pelo desenvolvimento mental que ele inspira. A mente de um guerreiro bem treinado é resiliente como a lâmina de sua espada, capaz de manter a calma sob pressão e tomar decisões instantâneas. A concentração aguçada e a capacidade de ler os movimentos do adversário são habilidades que se desenvolvem através da prática contínua.

Assim como um espadachim hábil considera a harmonia entre sua lâmina e seu corpo, o guerreiro do swordplay busca equilibrar o físico com o espiritual. O treinamento físico é o alicerce sobre o qual o guerreiro constrói sua mestria, mas é o desenvolvimento da força interior, da honra e da compreensão das artes marciais que completa a jornada.

Portanto, no mundo do swordplay, o treinamento físico não é apenas uma rotina de exercícios, mas um ritual sagrado de autodescoberta e evolução. Através do suor, da perseverança e da busca incessante pela perfeição, o guerreiro transcende seus próprios limites, tornando-se uma encarnação viva da arte que pratica - uma dança dinâmica de habilidade, coragem e determinação.

sexta-feira, 7 de julho de 2023

Massivas e encontros

As massivas do swordplay, eventos de confrontos épicos entre grupos de combatentes, enfrentam desafios relacionados ao comportamento inadequado e à falta de fair play. Um dos principais problemas é a dificuldade em confiar na palavra de estranhos pertencentes a outros times, o que prejudica a experiência dos participantes. Além disso, a falta de moderação e de conscientização sobre condutas adequadas resulta em frustrações recorrentes.

Para solucionar essas questões, é essencial estabelecer regras claras de conduta, comunicando-as amplamente a todos os envolvidos. É importante também fomentar a responsabilidade individual, encorajando cada participante a agir com ética e respeito durante os combates. A educação contínua sobre fair play, por meio de workshops e palestras, pode reforçar a importância do respeito mútuo e da integridade física.

Monitoramento e moderação são fundamentais para garantir a aplicação das regras e intervir em casos de comportamentos inadequados. Promover o diálogo construtivo entre os grupos participantes estimula a comunicação aberta e a resolução pacífica de conflitos. Reconhecer e destacar exemplos positivos de comportamento exemplar é uma forma de incentivar a adoção de condutas adequadas por parte de todos.

É essencial reforçar os valores comuns compartilhados pelos praticantes de swordplay, como o amor pelo esporte, a camaradagem e a busca pela diversão, enfatizando a incompatibilidade desses valores com atitudes desrespeitosas.

Conscientes de que a mudança de cultura leva tempo, é fundamental persistir nas tentativas de conscientização, reforçando constantemente a importância do respeito mútuo e do fair play. Por meio da implementação dessas soluções, é possível criar um ambiente mais saudável e positivo nas massivas do swordplay, garantindo que todos os participantes desfrutem plenamente da experiência.

sexta-feira, 24 de março de 2023

Despedidas

Caros amigos e membros dos Lordes de Ferro,

 

É com grande pesar que me dirijo a vocês hoje para dizer que nosso grupo chegou ao fim. Como sabemos, tudo chega a um fim, mesmo as coisas boas. Infelizmente, chegou a hora de seguir em frente e cada um seguir seu caminho.

Quero agradecer a todos vocês pela incrível jornada que tivemos juntos. Foram tempos de muitas risadas, conquistas, desafios e momentos inesquecíveis. As lembranças que fizemos juntos ficarão para sempre em nossos corações e mentes.

Entretanto, também preciso reconhecer que não se pode fazer um grupo sozinho. A relação entre as partes é fundamental para que as coisas funcionem bem. Infelizmente, não foi sempre esse o caso. Muitas vezes, senti-me sobrecarregado e incapaz de arcar com tudo sozinho, e mesmo assim, ainda recebi ingratidão de algumas pessoas.

Embora eu tenha muito orgulho do que conquistamos juntos, também preciso falar sobre algumas questões que surgiram e que contribuíram para a nossa decisão de encerrar as atividades. Ao longo do tempo em que estivemos juntos, muitos dos gastos financeiros recaíram sobre minhas costas. Eu investi muito tempo, dinheiro e energia pessoal na organização de treinos, passeios e treinos conjuntos, bem como na compra de equipamentos necessários para o funcionamento do grupo. Infelizmente, apesar desses investimentos, alguns de vocês nunca contribuíram sequer com a gasolina dos passeios aos treinos conjuntos.

Além disso, alguns membros do grupo expressaram desconfiança em relação às minhas decisões e à forma como gerenciei o grupo. Isso é algo que realmente me magoa, especialmente porque investi tanto do meu tempo e recursos pessoais para fazer o grupo funcionar da melhor forma possível.

Quero enfatizar que não estou tentando ser mesquinho ao mencionar essas questões. No entanto, é importante que elas sejam abordadas e discutidas abertamente, para que possamos entender melhor o que aconteceu e aprender com essas experiências no futuro.

Apesar disso, não quero que isso manche a nossa história. Nosso grupo, Lordes de Ferro, foi algo especial e único, e tenho orgulho de ter feito parte dele. É hora de seguir em frente e seguir nossos próprios caminhos, mas as lembranças que compartilhamos permanecerão conosco para sempre.

Gostaria de agradecer a todos vocês novamente, e espero que continuemos a nos manter em contato e a apoiar uns aos outros em nossas futuras empreitadas. Quero agradecer a todos vocês pelo tempo que passamos juntos, pelas lembranças que fizemos e pelas experiências que compartilhamos. Desejo a todos o melhor em suas futuras aventuras e que todos sejam muito felizes. Espero poder cruzar espadas novamente com vocês algum dia.

 

Muito obrigado, e até breve!


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

Domine sua espada e melhore sua prática

 O domínio da espada é uma habilidade fundamental para qualquer praticante de artes marciais, e em particular para aqueles que se dedicam ao boffer swordplay, um desporto que simula combates com espadas de espuma. Ter um bom domínio da espada significa ser capaz de controlar sua arma de forma precisa e eficiente, tendo uma boa postura, movimentos fluidos e uma estratégia bem definida. Neste texto vamos apresentar algumas dicas e técnicas para melhorar o domínio da espada, para que você possa se tornar um praticante mais habilidoso e confiante.

Antes de tudo, é importante que você conheça bem sua arma, entendendo suas características, limitações e potencialidades. No caso do boffer swordplay, as espadas de espuma podem variar em tamanho, peso, rigidez e outras características. Cada arma tem suas próprias particularidades, que devem ser levadas em conta na hora de treinar e competir. Por exemplo, uma espada mais leve pode ser mais rápida e ágil, e deve oferecer menos impacto nos golpes. Já uma espada mais pesada pode ser mais lenta, mas pode ter uma defesa mais confiável, aparando golpes com segurança. É importante experimentar diferentes tipos de espadas e descobrir qual se adapta melhor ao seu estilo de luta e ao seu biótipo corporal.

A postura é um elemento fundamental do domínio da espada. Uma postura adequada ajuda a distribuir o peso do corpo de forma equilibrada, facilitando os movimentos de ataque e defesa e evitando lesões. A postura correta deve ser firme, mas não rígida, com os pés afastados na largura dos ombros, os joelhos ligeiramente flexionados, o tronco ereto e os ombros relaxados. Mantenha as mãos sempre em posição de guarda, com a espada em uma mão e o escudo ou outra arma de defesa na outra. Lembre-se de manter o olhar fixo no adversário, para antecipar seus movimentos e reagir de forma rápida e eficiente.

Existem alguns movimentos básicos que são fundamentais para o domínio da espada. Entre eles estão o corte, a estocada, o bloqueio e o desvio. Cada um desses movimentos deve ser praticado de forma isolada, para que você possa aprimorar sua técnica e adquirir confiança na hora de executá-los durante um combate. O corte é um movimento de ataque, em que a espada é movida de cima para baixo ou para os lados, visando a perna, o braço ou o tronco do adversário. A estocada é um movimento de ataque direto, em que a espada é apontada na direção do adversário, visando seu abdômen ou o peito. O bloqueio é um movimento defensivo, em que a espada é usada para desviar um ataque do adversário. Já o desvio é um movimento de defesa mais avançado, em que a espada é usada para desviar um ataque e ao mesmo tempo contra-atacar.

Outra dica importante é se concentrar em sua postura e respiração enquanto manuseia a espada. Uma postura correta ajuda a melhorar o controle da arma, enquanto uma respiração adequada ajuda a manter a calma e o foco durante o combate.

A prática com um parceiro é fundamental para melhorar o domínio da espada, pois permite simular um combate real e ajuda a desenvolver habilidades como velocidade, precisão e estratégia. É importante encontrar um parceiro de treino que esteja disposto a praticar regularmente e que possua um nível semelhante ao seu.

Durante o treino com um parceiro, é importante estabelecer regras claras para evitar acidentes. Use equipamentos de proteção adequados, como capacete, protetor bucal, luvas e colete de proteção. Além disso, comece com movimentos lentos e simples e, gradualmente, vá aumentando a velocidade e a complexidade dos movimentos.

Assistir a vídeos de espadas pode ser uma excelente forma de aprender novas técnicas e aprimorar seu domínio da arma. Há muitos vídeos disponíveis online que mostram desde técnicas básicas até movimentos avançados e combates simulados.

Ao assistir a esses vídeos, preste atenção nos detalhes dos movimentos, na postura dos praticantes e na forma como eles se movem em relação ao seu oponente. Tente replicar esses movimentos em seus treinos e adapte-os de acordo com seu estilo e preferências.

Já comentamos antes, mas praticar com diferentes tipos de espadas pode ajudar a melhorar o domínio da arma, pois cada tipo tem suas próprias características e desafios. Ao praticar com diferentes tipos de espadas, preste atenção nas diferenças em relação ao peso, ao balanço e à forma como a espada se move. Isso pode ajudar a desenvolver uma compreensão mais completa da arma e a melhorar seu domínio em diferentes situações de combate.

O domínio da espada é uma habilidade essencial para quem pratica esportes de combate e artes marciais. Para aprimorá-lo, é importante treinar regularmente, concentrar-se na postura e na respiração, praticar com um parceiro, assistir a vídeos de espadas e experimentar diferentes tipos de espadas.

Além disso, é importante lembrar que o domínio da espada é uma jornada constante e que exige dedicação, paciência e perseverança. Com a prática adequada e a orientação correta, é possível desenvolver um domínio excepcional da arma e se tornar um praticante habilidoso e respeitado.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Os benefícios sociais da prática do swordplay

Além de ser uma prática esportiva divertida, o swordplay vem funcionando como uma prática integrativa social com muitas qualidades e inúmeros benefícios tanto para indivíduos que praticam quanto para a comunidade que circunda a prática como um todo. Aqui estão alguns dos principais benefícios:


Saúde física e mental: É consenso científico que a atividade física regular pode melhorar a saúde física e mental, reduzindo o risco de doenças como hipertensão, obesidade e depressão.


Conexão social: As atividades desportivas comunitárias oferecem uma oportunidade para as pessoas se conectarem e se relacionarem com outras pessoas da comunidade, construindo relacionamentos positivos e fortalecendo laços sociais. Essas grupos normalmente "furam as bolhas” criadas artificialmente pelos algoritmos das redes sociais, permitindo uma troca de experiências mais autêntica e verdadeira. 


Inclusão social: Atividades esportivas comunitárias podem ajudar a promover a inclusão social de grupos marginalizados, oferecendo-lhes uma oportunidade de participar de atividades físicas e sociais. Além disso, por seu número limitado de participantes muitos grupos oferecem uma estrutura com laços de amizade que se assemelha a uma grande família, oferecendo locais seguros onde cada membro pode agir de acordo com a sua natureza. 


Liderança e habilidades de trabalho em equipe: As atividades propostas pelos grupos de swordplay podem desenvolver habilidades de liderança e trabalho em equipe, ajudando os indivíduos a desenvolver habilidades valiosas para a vida.


Melhoria da saúde: Ao promover atividades físicas regulares, as atividades desenvolvidas pelo swordplay podem contribuir para uma comunidade mais saudável, ajudando a reduzir o risco de doenças e promovendo um estilo de vida mais ativo. Não é incomum que o swordplay seja a primeira atividade física prazerosa de algumas pessoas, abrindo as portas para outras formas de movimentação do corpo.  


Fomento do espírito comunitário: As atividades do swordplay podem ajudar a fomentar o espírito comunitário, promovendo a união e a colaboração entre os membros da comunidade.


Cuidado com o bem público: Como a grande maioria dos grupos no Brasil treinam em parques urbanos e praças nas cidades, é comum que os próprios membros se envolvam ativamente na conservação e melhora desses espaços. 


A prática do swordplay pode fortalecer laços de amizade existentes ao fornecer uma oportunidade para as pessoas compartilharem uma atividade comum, trabalharem juntas em um mesmo objetivo e desfrutarem de momentos de camaradagem e interação social. Além disso, a competição saudável e o espírito de equipe também podem ajudar a fortalecer os laços de amizade.


Em resumo, a prática esportiva comunitária pode oferecer muitos benefícios para as pessoas e para a comunidade. Venha descobrir como ela pode afetar a sua vida: Venha treinar com algum dos inúmeros grupos do Brasil.


Quer saber a opinião de alguém? Pergunte.

  Montar um projeto para jovens é, muitas vezes, como se preparar para um duelo de swordplay sem saber qual arma o adversário vai usar. Voc...