sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Retrospectiva do passado e votos para o futuro

Em fevereiro de 2015 eu comecei minha jornada no swordplay. Começou como a busca por um novo hobbie. Naquele momento de 2015 eu tinha começado duas campanhas de D&D 5ª edição que não foram para frente porque os jogadores não tinham agenda. Foi absolutamente frustrante. E eu precisava ocupar a minha mente com alguma coisa. Coincidentemente vi uma reportagem no DFTV sobre uns loucos que se vestiam de fantasias medievais e ficavam se batendo com armas de espuma no parque da cidade. Lembrei-me na mesma hora do Graal/SP, um grupo de boffer swordplay que eu tinha visto numa convenção de RPG na década de 90. Daí eu pensei... por que não?

Entrei em contato com o meu amigo e parceiro de jogos de longa data, o confrade Leandro Godoy, da confraria das ideias, e pedi indicações de um grupo de swordplay no DF. Haviam vários grupos em vista, mas por comodidade resolvi experimentar o grupo mais próximo de casa. O grupo dos “cavaleiros da virtude” (hoje Eldhestar) ficava a menos de dez minutos de carro. Acertei tudo para o sábado e na semana anterior me dediquei a fazer a minha primeira espada de espaguete de piscina. Pena que a espada não durou nadinha: o cano quebrou antes do fim do primeiro treino. Uma pena. Mas o importante foi que eu me diverti muito e na semana seguinte lá estava eu de novo.  

Eu não era exatamente um novato na luta com espadas. Tinha feito dois anos de kendô/kenjutsu no Instituto Niten, aqui de Brasília e já tinha conquistado o sétimo kyo (não fique impressionado – é algo como a primeira graduação, como se fosse uma faixa cinza de judô). Antes disso tinha pegado toda aquela safra de filmes de piratas e cavaleiros que abundava a sessão da tarde na década de 80. Mas nada disso tinha me preparado para o swordplay.  

Claro, olhando de fora você pensa que é tudo uma grande palhaçada. As poses, os golpes, a movimentação... mas quando é você que está segurando o pedaço de cano coberto com espuma e amarrado com silvertape o seu entendimento muda de figura. E o mais importante: o divertimento flui.

As coisas foram evoluindo e eu deixei de lado a espada de duas mãos e passei a usar um escudo. Eu acabei me adaptando bem ao uso do escudo, tanto é que esse é o estilo de luta que me deixa mais à vontade hoje em dia. Foi nesta mesma época que comecei a me interessar pela forja a um nível mais bacana. Quase toda semana eu crio uma arma diferente. Quando eu levo o meu “arsenal completo” as pessoas dizem que é como se eu levasse armas para um reino inteiro.

Meio que a contragosto eu fui crescendo dentro do esporte. Tudo o que eu queria era um novo hobbie: não queria me envolver com organização, com tretas e com nada que não fosse explicitamente divertido. Alguma coisa para me manter ocupado e longe de imbecilidades como o Luciano Huck ou o Esquenta numa tarde de sábado tediosa. Mas acabou que em vários momentos eu precisei deixar esse desejo de lado e me aventurar em práticas menos divertidas de organização. É como me disseram uma vez: se você quer se divertir tem que ajudar os outros a se divertirem também.

Eu sou, provavelmente, o cara mais velho em atividade praticando o swordplay no DF. Tenho 40 anos – se tiver um tiozão mais velho ou na mesma faixa etária, dê um oi e vamos montar a liga dos tiozões do swordplay – mas não vejo os meus colegas de treino como crianças. Eu os vejo como irmãos de armas, como colegas de treino, e eu trato todos como iguais. Não é porque sou mais velho que vou tratar todo mundo como se fosse meu filho.

Esse ano que passou foi muito duro. Perdemos pessoas incríveis que treinavam conosco, mudamos nossa identidade, estivemos na beira do abismo e às portas da desistência. Mas o importante é que seguimos em frente. Alias, é a única coisa que importa: seguir em frente, não importam as adversidades.


Eu não sei o que o ano de 2017 vai nos trazer. Mas seja lá o que for, pretendo enfrenta-lo de escudo em guarda e espada pronta para o contra-ataque.  É como diz a musica Advanced Wind, da trilha sonora do jogo Wild Arms 3 do Playstation 2: 


My shield is strong, 
I'll take my chances here and now! 
Bring on the fight, 
I'll find a way to win somehow! 
No tomorrows, no regrets, 
I'll risk it all for this brand new day!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Natal, ano novo, recesso e espadinhas

Fim do ano e recesso no swordplay do Betão

A todos os amigos e leitores que me deram a honra de suas visitas e comentários, que acreditaram no meu trabalho e durante este ano caminharam comigo, meu muito obrigado. Com sabedoria, esperança, fé, união e trabalho, fomos capazes de encontrar soluções e caminhos para o nosso querido hobby. Unido com vocês, me tornei mais forte para conquistar e realizar metas ainda mais audaciosas. Por isso eu, Betão do Swordplay e coisas afins, desejo aos leitores e amigos um natal cheio de amor, paz, alegria e boas festas.

Que o ano vindouro possa trazer saúde, desenvolvimento, realização de novos planos e projetos.

Estaremos de volta na segunda quinzena de janeiro de 2017.


Feliz natal, prospero Ano Novo e vida longa ao Swordplay!

A Importância da Malícia e da Cautela nas Relações Sociais no Swordplay

Na complexidade das relações humanas, é inevitável que, independentemente de quão bons sejamos e de quanto nos importemos com os outros, sem...