“Ah cara, eu não sei
mais o que fazer. Meu grupo de swordplay virou pó. Por que isso acontece? O que
fazer quando isso acontece? Na semana passada reunimos menos de dez pessoas
para treinar (...) no nosso auge chegamos a ter 40 pessoas...”
Esse fragmento faz parte de uma conversa que eu tive com um
colega no chat do facebook. Ele está chateado – e com razão – afinal o grupo
dele está se desfazendo a olhos vistos. E pelo que eu conversei com ele nada
parece fazer efeito para que isso se reverta.
Você se sente familiar com essa situação? Já passou por
isso? E o que se pode fazer numa situação como essa? Procurar um novo grupo?
Buscar por paliativos (tipo videogame/ academia/ esportes de contato)? Arrumar
uma namorada? Maratonar todas as temporadas de TBBT?
Ponderei bastante sobre essas questões – e até assisti dois
episódios de TBBT – e a única reposta coerente que consegui encontrar foi: “sei
lá”.
Uma coisa que eu percebi ao longo da minha vida, e de todos
os hobbies que eu já tive, é que grupos [de
qualquer coisa] costumam possuir uma espécie de “prazo de validade”. Eu
estimo alguma coisa entre dois e cinco anos. E foi. Alguém se muda, casa, briga,
começa a faculdade, termina o colégio, começa a namorar, começa a trabalhar,
tem filhos, ou qualquer outra mudança drástica que vem com o passar dos anos.
Algumas vezes não precisa nenhuma mudança drástica. A pessoa continua a mesma:
não casou, não tem filhos, não trabalha, não faz porra nenhuma... Basta que ela
esteja de saco cheio para treinar. Já é suficiente para parar de jogar e dar
uma rasteira na motivação do resto dos jogadores.
O pior é que, na verdade, muitas vezes nem dá para saber o
motivo que leva uma pessoa a deixar de frequentar os treinos. No meu grupo
mesmo tinha um casal que simplesmente resolveram não treinar mais, sem dar
nenhum feedback a respeito.
“Ah Betão, mas quem quer de verdade dá um jeito de continuar
treinando. Eu tô casada, filha pequena no colo e mudei para a puta que pariu de
longe e continuo frequentando os treinos sem problemas” afirma aquela menina
simpática com bata branca e vermelha, segurando uma adorável e imparável bebezinha
no colo.
Sim, eu sei e concordo com você. Quem quer vai e faz. O
ponto é que swordplay não é o hobbie mais atrativo do mundo. Aliás, quanto mais
velho você fica, mais complicado é manter um grupo regular. As pessoas mudam,
envelhecem e mudam de interesse. Nada mais natural.
E finalmente o que fazer? Tem muita coisa que você pode
fazer a respeito, mas antes de qualquer coisa veja se vale a pena manter suas
energias no seu grupo atual. Vai ver ele já deu o que tinha que dar. Ficar
insistindo é meio que incentivar um cavalo morto a continuar puxando uma carroça.
Quem sabe seja a hora de se reinventar. Você pode procurar
outros grupos e se filiar a eles. Quem sabe mudar o local de treinos para ver
se atrai novos jogadores? Quem sabe?
Se quiser se aprofundar sobre o assunto dá um pulo neste
outro artigo que escrevi:
http://swordplaydobetao.blogspot.com.br/2016/03/a-faculdade-e-outras-doideiras-da-vida.html
valberto, sobre esse tema tenho algumas experiencias em todas as posições possíveis, para um grupo não virar pó muitas vezes requer um esforço descomunal de quem está na liderança, juntar o recrutamento de novos membros assim como manter já os atuais é quase sempre impossível, trocar local de treino e tal, bem até aqui é só reafirmação do que vc já disse, mas uma solução viável para manter um grupo vivo é a inovação, sair dos treinos dominicais e ir além, é desmotivante ver um grupo, outrora com 40 pessoas, com 10 pessoas, mas a liderança não deve desistir ou pelo menos repassar para a próxima geração, seria ótimo manter tanto novos como aquele amigos de longa data porém é impossível, o grupo vai mudar, pessoas vão entrar e sair, o que deve sempre permanecer é o amor pelo esporte. ''acreditar, pq todo trabalho duro tem volta uma hr''
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