O segredo da boa liderança
Todo grupo precisa de líderes. Pessoas mais experimentadas
que assumem a ponta, guiam os mais novos no caminho das armas, mostram o que se
deve fazer e o que se deve evitar. Normalmente em grupos de sowrdplay ou soft
combat os líderes são os guerreiros mais habilidosos ou mais antigos.
Todos os grupos têm uma estrutura hierárquica. Além do rei ou do chefe do clã existe normalmente um grupo de pessoas que ajuda o rei. São membros mais antigos, graduados ou de confiança do reino. São chamados de conselheiros, cavaleiros de elite, as mãos do rei... o nome pouco importa. O trabalho deles é definir as melhores soluções de maneira rápida e espontânea para que o grupo não perca o seu movimento.
É também dever dos conselheiros e líderes seguir as regras
do reino, ainda mais quando o assunto for chamar a atenção de alguém do grupo. Esta
situação exige muito cuidado para não desmotivar o colega de grupo nem
desrespeitá-lo. Segundo Namy Kimizuma (especialista em relações pessoais empresariais e esportivas), quando um colega de treino cometer
algum erro, o ideal é riscar a palavra bronca do manual. Nesse caso, o adequado
é ter uma conversa particular e explicar como o trabalho ou o fato deveria ter sido
conduzido.
O líder direto é quem deve falar com o combatente. Se for um
lanceiro, o chefe dos lanceiros, se for um escudeiro, o chefe dos escudeiros e
assim por diante. O papo deve ser sério, franco e bem objetivo. E o conselheiro
não pode ressaltar apenas os pontos negativos. Ao elogiar um colega, você cria
um clima melhor. Assim, vai ser menos difícil quando precisar fazer alguma
crítica. O guerreiro vai perceber que a conversa corrige o que requer conserto.
Os elogios são sinônimos de um reconhecimento imprescindível para o crescimento
pessoal e de todo reino.
Uma boa média nesse assunto é elogiar em grupo e criticar em
particular. E mesmo quando estiver em particular com a pessoa procure ser
firme, direto, mas ainda assim educado. O tom de voz e a postura corporal
costumam dizer mais do que as palavras.
Exemplo: Ao ver que
um dos soldados da infantaria leve está exagerando nas provocações ao time
adversário, xingando impropérios na frente dos colegas, cabe ao comandante
daquele grupo falar com a pessoa.
Ele deve chamar a pessoa do lado e comentar algo mais ou menos assim: “Cara,
você tem melhorado muito no combate, parabéns. Mas não rola descuidar do que a
gente fala, né? Vamos maneirar no xingamento na frente dos pequenos, ok?”
Mas você deve tomar cuidado para não entoar o mantra do mau
líder: do as I say but dont do as I do – Faça como eu falo, mas não faça como
eu faço. Não existe nada pior ou que
desmotive mais o seu colega de treino do que você, como líder, cobrar dele uma
atitude que você não tem. Se você é highlander cobrar que outra pessoa aceite
golpes é no mínimo hipocrisia. Se você xinga, nem que seja um simples “porra”
ou um inofensivo “pônei maldito!” você tem que tomar cuidado para não soar
hipócrita e mal caráter na frente dos amigos.
E no mais, se você se sentir desrespeitado pela forma como o
conselheiro ou o líder do clã conversar com você, tente conversar com ele em
outro momento, explicando porque você se sentiu desconfortável. Se isso não
adiantar, quem sabe seja a hora de você abandonar o grupo. Um lugar sem
respeito apenas diminui você e não vale à pena.
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