quinta-feira, 26 de maio de 2016

Dica de jogo: Refém!

 Olá amigos,

Estou trazendo hoje mais uma das práticas que fazemos no grupo dos Cavaleiros da Virtude. Essa é mais uma das nossas “dinâmicas livres” (dinâmicas recreativas e jogos). Ela consiste numa partida de estratégia e embate de times mistos onde cada lado tem um objetivo bem determinado. Vamos às regras:

1 - Dois jogadores tiram os times. Um deles será o time “resgate” e ou outro será o time “sequestro”. Cada um desses jogadores será o capitão de seu time.

2 - O time resgate designa um de seus membros para ser um refém capturado. Esse  refém deve ser posicionado na área de defesa do time sequestro, aqui chamado de prisão.

3 - Esse refém tem regras específicas de movimentação. Ele não pode correr e está desarmado. Ele só pode ser mover se for escoltado por alguém do seu time. A escolta não pode estar a mais de 3m do refém. O refém não pode atacar. O refém neste tipo de jogo é imortal e não sofre dano. Caso a escolta de resgate seja morta o refém deve ser reconduzido por um sequestrador de volta à sua prisão.

4 - O objetivo do time sequestro é manter o refém sob seu poder por 5 minutos. O time sequestro não pode “marcar caixão” e deve manter uma distância de pelo menos dez passos da prisão.

5 - O objetivo do time resgate é invadir a área do time sequestro e resgatar o refém, levando-o em segurança até a área de defesa do time resgate.

6 - Caso algum dos membros dos dois times seja morto ele deve se dirigir até a zona de respawn, levando sua arma em posição de rendição e contar até dez para poder voltar ao campo de batalha. O número de respawns é infinito.  

7 - Ganha o time que completar seus objetivos antes do outro.

É um jogo simples, mas que exige muita estratégia por parte dos dois lados. Algumas variações nas regras podem ser implementadas a fim que o jogo fique mais desafiador. Sugiro as seguintes:

O refém está desarmado, mas se algum combatente ceder uma arma, ele poderá combater. O refém quando atingido mortalmente não morre, no entanto. Ele larga sua arma e se rende.

Ao invés ter apenas um refém os dois grupos podem estar em busca de resgatar alguém. Neste caso a vitória só será alcançada se um time resgatar o seu refém e manter o refém do time adversário.

O capitão de cada time passa a ter um número finito de respawns. Se ele gastar todos os respawns ele morrerá e seu time perderá automaticamente a partida. 


quarta-feira, 11 de maio de 2016

Por que precisamos valorizar os grupos pelo que eles valem e não pelo que achamos que eles custam.

É sábado.  Vai chegando o período da tarde e a agitação na casa de Carlos Henryck, o “Caíke” não pára. São dezenas – literalmente falando – de espadas, lanças, machados, adagas e escudos sendo verificados, contados e catalogados. Tudo guardado em bolsas ou simplesmente amarrado e amontoado no carro da família – que dessa vez vai dar uma carona para levar os equipamentos até o campo de treino, o PEC (Ponto de Encontro Comunitário) do Residencial Santos Dumont, na cidade-satélite de Santa Maria – DF.

Na casa do Erik Lima as agitações começaram ainda mais cedo. Na quarta feira, para ser exato. É o dia da postagem semanal do grupo, alertando os membros a respeito do treino de sábado e das dinâmicas que vão acontecer. Dinâmicas que tinham sido definidas pelo menos uma semana antes. Assim como Caíke, Erik tem sua cota de equipamentos para levar, mas dessa vez o carro da família não está disponível. Ele conta com a ajuda de outros membros do grupo para levar o equipamento até o PEC.

Durante o treino, que começa às duas e meia e vai até às seis da tarde Caíke e Erik se dividem passando treinos (que eles pesquisaram durante toda a semana que passou), coordenando atividades, lutando e corrigindo atitudes de alguns colegas mais exaltados.  Engana-se quem pensa que os títulos de “Cavaleiro” e “Rei” são simples honrarias pomposas: representam muito trabalho e dedicação em nome do grupo.

Ao final do treino Caíke e outros membros do grupo dos armeiros dos Cavaleiros da Virtude (Erik e Henrique) vão juntar o arsenal, recontar tudo, separar as armas que precisam de reparos, empacotar tudo e depois ir para casa.

Tudo isso sem cobrar nada. Nenhum centavo. Zero. De grátis. Na faixa. 0800. Tudo isso para um sujeito chegar atrasado no treino, não fazer nada para ajudar, sentar debaixo da árvore para ficar de conversa fiada e depois ir embora reclamando que o treino foi “fraco”, ou “uma droga”. Tudo isso para que um cara que já treina há bastante tempo chegue sem bata, já no fim do treino porque estava assistindo o campeonato mundial de LOL (League Of Legends – o maior defensor da castidade e da virgindade desde a fundação da Igreja católica). Tudo isso para que um cara deixe de ir porque “o sol tá muito quente hoje”.

Minha mãe já dizia uma coisa muito séria: ingratidão tira afeição. Quanto tempo será que esse pessoal abnegado vai continuar fazendo o que faz para que você, que treina sem compromisso, perca o seu grupo?

“Ah Betão, mas eles fazem porque querem! Ninguém os obriga a gastar o sábado com a molecada!” comenta aquele rapaz com camiseta preta e cavanhaque trançado. Sim, é a mais pura verdade. Eles fazem porque querem. Mas não é por isso que você, ou qualquer outro tem o direito de desmerecer o trabalho deles, seja com comentários estúpidos como esse, seja comparecendo ao treino para não fazer nada e ainda sair reclamando.

Mas nem pense que é exclusividade dos Cavaleiros da Virtude. Os “capas pretas” da Ordem dos Assassinos ralam para caramba e não é só no treino. Se o Lukão e companhia não fizerem o trabalho deles direitinho, não tem treino. Não vai ter espada, treino, técnica, camaradagem, diversão... nada. E isso não é apenas no DF: nos grupos como o Kyôdai em Fortaleza, ou na Magnus Legio de Águas de Lindóia, a realidade é a mesma. Um pequeno grupo trabalha para valer, mantendo a unidade e a coesão do grupo maior. Em outras palavras, eles trabalham para que você possa ir lá exibir seu escudo novo ou a sua adaga personalizada.

E justamente porque nós jogadores recebemos isso de graça na maioria das vezes, ou pagando valores irrisórios, que ficamos mal acostumados. Tem gente que não treinaria swordplay se a mensalidade fosse de R$5,00 por mês. “Não tenho dinheiro”, reclamam em coro o pessoal “mão de vaca” que não tem dinheiro para treinar, mas não hesitam em gastar R$30,00 ou mais numa única escapada ao cinema para ver o novo filme da Marvel e engatar um lanchinho depois.

“Mas é o direito deles gastar o dinheiro deles como acharem melhor”, reclama a menina magricela, cabelos castanhos escorridos e óculos fundos de garrafa na cara. Sim, é um direito de eles gastarem o dinheiro como querem. Mas daí é bom que sejam capazes de eleger suas prioridades e saber com o que gastam. Tenho certeza que com alguma matemática criativa você pode economizar uns trocados para bancar a sua diversão de fim de semana.

Então, a melhor maneira de agradecer a esse pessoal é valorizar o grupo pelo que ele vale. Se o seu grupo cobra mensalidade pague e vá aos treinos. Se ele não cobra, também vá aos treinos com afinco e vontade. Pagando ou não ajude como puder. Não espere que as pessoas peçam uma mão para você. Seja proativo.  Vá lá e pergunte se não precisam da sua ajuda para nada e se você não pode fazer alguma coisa para facilitar o treino dos seus amigos.


Desculpem o texto excessivamente longo. 

domingo, 8 de maio de 2016

Símbolos... de clã.

O termo símbolo, com origem no grego symbolon (σύμβολον), designa um tipo de signo em que a realidade concreta (o significante) representa algo abstrato (religiões, nações, quantidades de tempo ou matéria etc.) por força de convenção, semelhança ou contiguidade semântica. Por exemplo, convencionamos o número como uma representação de quantidade ou de valor de alguma coisa embora aquele símbolo que usamos não exista na natureza.

O "símbolo" é um elemento essencial no processo de comunicação, encontrando-se difundido pelo quotidiano e pelas mais variadas vertentes do saber humano. Embora existam símbolos que sejam reconhecidos internacionalmente, outros só são compreendidos dentro de um determinado grupo ou contexto. Todo mundo sabe que uma cruz vermelha significa hospital ou atendimento médico, mas poucas pessoas sabem quem um relâmpago cruzando um par de óculos circulares é o símbolo icônico de Harry Potter.

E por que isso é importante para o nosso mundinho de espadas de espuma? Se você tem um grupo e este grupo tem algum símbolo no seu brasão seria interessante saber o que ele significa.

Grupos famosos usam a simbologia e os símbolos a seu favor. A Gladius Swordplay tem como símbolo um escudo cruzado por duas espadas (O simbolismo engloba também a técnica, a habilidade e a disciplina necessária àqueles que empunham a espada, assim como a honra, ética, respeito às regras e retidão de caráter e aos anos de experiência e dedicação ao engrandecimento do grupo). O Draikaner usa dois dragões vermelhos ladeando um escudo como símbolo. O Darastrix usa também um dragão, mas montado sobre um cálice. A Magnus Legio usa uma Quimera (eu pensava que era um leão marinho com asas, mas o Vinicius Madureira, da própria Maguns Legio esclareceu tudo). O Bellator usa uma espada trespassando um “B” maiúsculo. Meu grupo, os Cavaleiros da Virtude usam como símbolo um cavalo empinando. Acho que já deu para entender a referência.

Por isso mesmo é interessante saber que mensagem o símbolo do seu grupo está passando. Conheço um cara que queria colocar o nome do grupo dele como White Knights. Queria, porque quando ele descobriu que se tratava do nome de um grupo racista, desistiu na hora.

Vamos dizer que o seu grupo quer fazer um símbolo e ficou mais um menos assim: uma torre ladeada por duas espadas cruzadas. A torre representa o “castelo”: é símbolo de firmeza, força, tranquilidade, esperança e fidelidade. Dessa maneira, ela representa a parte estável do nosso ser, ou seja, aquela que, em meio aos sabores do clima e é capaz de manter a ordem e nos proteger em meio à batalha.

E a espada? A espada simboliza virtude, bravura e poder, e é um símbolo do estado militar. O poder que a espada representa tem um duplo aspecto: de um lado é destrutivo e pode ser uma destruição injusta, aplicada pela maleficência, e por outro lado é um construtivo e justo, podendo ser usada para estabelecer e manter a paz.


Nada mal para o seu grupo, não é mesmo? Você pode fazer um símbolo muito bacana sem ter que apelar para outros manjados como o lobo, por exemplo. O que me diz? 

SERVIÇO: 


www.dicionariodesimbolos.com.br/
Gladius Swordplay - www.swordplay.com.br
Draikaner - https://draikaner.wordpress.com/
Darastrix - www.darastrix.com.br/
Magnus Legio - https://www.youtube.com/user/Magnuslegio
Bellator - https://www.youtube.com/user/BellatorGCH
Cavaleiros da Virtude - https://www.facebook.com/groups/290815834386415/

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Respeito é palavra de ordem

Nem sempre as relações entre a organização do treino e aqueles que treinam são harmoniosas, como também entre os próprios colegas de treino durante os treinos e até fora deles. Treinar com amigos sempre é bom, treino duro, competitivo, mas a amizade e respeito sempre deverão prevalecer. Cada um sabe do momento particular que atravessa, então devemos respeitar nossos amigos de treinos. Uma atitude, uma palavra, um gesto, pode desencadear um processo de desentendimento que nem sempre se consegue reverter a situação e chegar a um final feliz. Uma frase mal colocada pode, mesmo sem intenção, desmotivar ou mesmo acabar com um grupo inteiro.

Creio que tem que existir um respeito mútuo entre as pessoas que se propõem a treinar juntos, dentro e fora dos campos de batalha, como também entre todos os alunos entre si e em nível do grupo. Tudo existe um limite, uma fronteira que não se pode ultrapassar. O respeito e a compreensão devem ser mútuos. Se essa amizade vem primeiro da vida particular para os campos de guerra, ou saiu dos campos de guerra para a amizade particular, nenhuma dessas vias dá o direito de um ou do outro de passar certos limites e certas brincadeiras. Ter respeito não deve ser medido pela graduação ou posto do guerreiro, se ele é habilidoso ou não, se tem muito tempo de treino ou não, mas sim por educação.

O respeito aos mais graduados é importante, como também dos mais graduados aos menos graduados e aos novatos. Não podemos esquecer que todo graduado teve seu início como novato. É como diz o ditado, comum em academias de artes marciais: “o faixa preta foi um faixa branca que não desistiu”. Os líderes do grupo não são proprietários dos participantes do grupo, nem os participantes podem deixar de entender que ali, no campo de batalha, ele é mais um guerreiro que está aprendendo uma técnica ensinada por um guerreiro mais graduado, mesmo que esse guerreiro mais graduado seja um amigo de longa data. Já presenciei em treinos, colegas mais graduados que, no meu ponto de vista, ultrapassaram o limite da relação entre ele e os colegas menos graduados. Da mesma forma, já presenciei casos de colegas querendo derrubar os líderes do clã como se vivêssemos numa realidade paralela à moda de Game of Thrones.

Esses fatos não são bons, desestruturam o ambiente do treino. Deve-se respeitar a todos, independentemente das graduações e sexo. Muitas vezes, esses limites não ficam bem claros, e surgem aborrecimentos, situações difíceis de serem contornadas. No meu grupo, já vivenciei certas situações desnecessárias de terem acontecido. O campo de treino é, em última medida, uma sala de aula. Eu repito isso sempre para que meus colegas percebam a importância do local onde pisam e como exige um respeito enquanto estiverem pisando nesse local, que ganha ares de “quase-sagrado”.

Estar sempre com o tabardo arrumado e limpo, postura correta, conduta correta e expressões corretas. Atitudes desrespeitosas, comentários indiscretos não podem acontecer. Os guerreiros muitas vezes se esquecem que podem ter mulheres ou crianças treinando e não precisam escutar certas coisas. Ou melhor, ninguém precisa escutar certas coisas e observações.

Certa vez um colega fez um comentário depreciativo sobre a postura de uma novata no treino. Eu o chamei em particular e lhe perguntei: “Você acha que estaria tudo certo se fosse sua irmã ou sua mãe que escutasse o que você acabou de dizer?”. Ele ficou calado. Educação é fundamental, e isso inclui o cuidado com a higiene própria. Não apenas de nossos corpos e equipamentos, mas também de nossas mentes.

Um tabardo sujo e rasgado não dá mais habilidade ao seu dono. Ser grosseiro também não. Não vejo ser sinônimo de “casca-grossa” um cara truculento. Treino duro não significa grosseria. Treine sempre buscando o golpe cheio, legítimo, preocupado com a segurança do outro, dentro das regras. Cabe aos organizadores, reis, chefes de clãs ou membros de conselhos agir da mesma forma. Eles são “O” exemplo a ser seguido. Se um dos líderes do grupo solta piadinhas racistas, como exigir que os novatos não o fizessem? O local de treino exige o mesmo respeito de um ambiente em que normalmente nos preocupamos com a nossa postura, seja a nível profissional ou social.

Por isso, redobre sua atenção e seu respeito. Todo mundo merece. 

domingo, 1 de maio de 2016

O terceiro embate da guerra

Tem um ditado que diz que a terceira vez paga por todas. Não sei se é verdade, mas que foi divertido, ah se foi!
Tenho amigos que são tímidos

E quando não são tímidos, são esquisitos...

Lutas sensacionais!

Elodin avançou com tudo!

Mas Brenda bloqueou

Ele ainda tentou repostar

Mas ela foi mais rápida. 

Eu vou chegar nela...


Eu vou chegar, juro!

Para de rodar essa droga!

Embate de gatinhos. 

Hora da revanche. Brenda quer acertar a cara de Elodin (não vale isso ruiva!)

Mas o Elodin esquiva e bloqueia com a espada. 

Brenda acerta o vazio. 

Elodin mata Brenda pelas costas! Que combate, senhores!

Lanceiras prontas para a briga!

Elas venceram!

3 contra 1. Tá tranquilo, tá favorável. 

Go go powerangers!

Para trás que essa bonequinha agora é minha. 

Vem para cima que te transformamos em almofada de afinetes!

Sarinha Detona

Sarinha Destrói!


A Importância da Malícia e da Cautela nas Relações Sociais no Swordplay

Na complexidade das relações humanas, é inevitável que, independentemente de quão bons sejamos e de quanto nos importemos com os outros, sem...