Mudanças...
Mudar não é fácil. Sair da nossa
zona de conforto, do caminho que estamos acostumados, da situação que sabemos
lidar são verdadeiros desafios que persistem na humanidade desde tempos
imemoriais. Extensa literatura pode ser encontrada para ajudar a compreender
como a mudança, que é, ironicamente, uma das únicas constantes da vida, pode
ser abraçada.
E nesses dias eu tomei uma dose
extra de coragem para fazer algumas mudanças. Para que não sabe, eu fazia parte
do reino de Eldhestar, antigamente conhecido como Reino dos Cavaleiros da
Virtude e ainda antes disso conhecido como Lobos do Sul, sediado na Região
Administrativa de Santa Maria, no condomínio Santos Dumont, em Brasília. Este
grupo em especial já chegou a sediar treinos com mais de 50 participantes.
Durante muito tempo ele manteve-se bastante ativo, mas de uns tempos para cá
foi se esvaziando. Coisas como preparação para vestibular, emprego, faculdade e
demais responsabilidades da vida foram afastando seus membros mais atuantes até
que não havia quem pudesse ministrar os treinos, guardar o arsenal e se
responsabilizar pela coisa toda. Não apenas isso, mas muitos membros “despilharam”
de jogar swordplay. Nada mais natural. As pessoas pilham e despilham o tempo
todo.
Então eu me vi preso com um grupo
de pessoas que não queriam mais jogar ou que não tinham mais tempo para jogar.
O que é que eu poderia fazer? A opção era montar um novo grupo, em outra Região
Administrativa do Distrito Federal e começar tudo de novo, ou ficar se
lamentando porque não tinha mais treinos. Abracei a primeira opção. Começar do
zero. Sem nome, sem fama, sem arsenal, sem símbolo, sem nada.
Conversei com pessoas
interessadas em montar um grupo na Região Administrativa do Gama. Descolamos um
bom local, perto da rodoviária da cidade e começamos os treinos aos domingos.
O primeiro treino teve pouco mais
de quatro pessoas. Foi um risco assumido fazer um treino em pleno domingo dia
dos pais. Mas no final de semana seguinte o número aumentou. Estamos no nosso
4º treino, com uma média de 13-15 pessoas por treino e 29 pessoas no nosso
grupo do facebook.
O grupo em si me surpreendeu
desde o nosso terceiro encontro. A ideia original é que o grupo fosse uma das
bases da Aliança de Beufort, mas o grupo decidiu que no momento não queria
fazer parte de nenhuma agremiação existente. “Não vou ‘bend the knee’ para um
rei que não conheço” disse um dos meninos, fã de GoT. “Podemos dar conta de nós
mesmos, professor. Se cada um fizer sua parte, podemos dar certo”, disse outra
menina. Então foi o que fizemos. Estamos sós, stand alones e adorando cada
momento.
Em votação aberta no face
escolhemos o nosso símbolo. Um corvo. O nome? Ainda não temos. Vai ser
escolhido até o final do feriadão. Por enquanto somos os Lordes de Ferro, reino
autônomo. Foi decidido também pelo grupo que não vamos seguir um sistema de
cores de batas. Ou seja, qualquer membro pode criar a sua Bata com o sistema de
cores que achar melhor. Pode fazer uma toda preta ou uma toda branca, pode
misturar as cores, pode homenagear o seu time favorito, ou a sua escola de
samba campeã do carnaval. É com o jogador. Pode fazer mais de uma, inclusive. O
que vai nos separar do resto do mundo é o símbolo que vamos usar no peito: o
nosso corvo.
Outra coisa que ficou decidido é
que se o jogador quiser fazer um brasão pessoal, está liberado. O jogador pode
usar o brasão pessoal no lado esquerdo do peito, numa versão menor, ou nas
costas com uma versão bem maior.
Por enquanto é isso. Treinamos
todos os domingos, a partir das 14:30-15:00 horas, ao lado do Galpãozinho do
Gama, do lado da biblioteca pública da cidade, em frente a galeria do Super
Frota, perto da Rodoviária da cidade.
OBS: neste feriadão de 07 de
setembro não teremos treino. Vamos ao festival medieval de Brasília.
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