terça-feira, 5 de setembro de 2017

Pedra que rola não cria limo

Mudanças...

Mudar não é fácil. Sair da nossa zona de conforto, do caminho que estamos acostumados, da situação que sabemos lidar são verdadeiros desafios que persistem na humanidade desde tempos imemoriais. Extensa literatura pode ser encontrada para ajudar a compreender como a mudança, que é, ironicamente, uma das únicas constantes da vida, pode ser abraçada.

E nesses dias eu tomei uma dose extra de coragem para fazer algumas mudanças. Para que não sabe, eu fazia parte do reino de Eldhestar, antigamente conhecido como Reino dos Cavaleiros da Virtude e ainda antes disso conhecido como Lobos do Sul, sediado na Região Administrativa de Santa Maria, no condomínio Santos Dumont, em Brasília. Este grupo em especial já chegou a sediar treinos com mais de 50 participantes. Durante muito tempo ele manteve-se bastante ativo, mas de uns tempos para cá foi se esvaziando. Coisas como preparação para vestibular, emprego, faculdade e demais responsabilidades da vida foram afastando seus membros mais atuantes até que não havia quem pudesse ministrar os treinos, guardar o arsenal e se responsabilizar pela coisa toda. Não apenas isso, mas muitos membros “despilharam” de jogar swordplay. Nada mais natural. As pessoas pilham e despilham o tempo todo.

Então eu me vi preso com um grupo de pessoas que não queriam mais jogar ou que não tinham mais tempo para jogar. O que é que eu poderia fazer? A opção era montar um novo grupo, em outra Região Administrativa do Distrito Federal e começar tudo de novo, ou ficar se lamentando porque não tinha mais treinos. Abracei a primeira opção. Começar do zero. Sem nome, sem fama, sem arsenal, sem símbolo, sem nada.  

Conversei com pessoas interessadas em montar um grupo na Região Administrativa do Gama. Descolamos um bom local, perto da rodoviária da cidade e começamos os treinos aos domingos.

O primeiro treino teve pouco mais de quatro pessoas. Foi um risco assumido fazer um treino em pleno domingo dia dos pais. Mas no final de semana seguinte o número aumentou. Estamos no nosso 4º treino, com uma média de 13-15 pessoas por treino e 29 pessoas no nosso grupo do facebook.

O grupo em si me surpreendeu desde o nosso terceiro encontro. A ideia original é que o grupo fosse uma das bases da Aliança de Beufort, mas o grupo decidiu que no momento não queria fazer parte de nenhuma agremiação existente. “Não vou ‘bend the knee’ para um rei que não conheço” disse um dos meninos, fã de GoT. “Podemos dar conta de nós mesmos, professor. Se cada um fizer sua parte, podemos dar certo”, disse outra menina. Então foi o que fizemos. Estamos sós, stand alones e adorando cada momento.  

Em votação aberta no face escolhemos o nosso símbolo. Um corvo. O nome? Ainda não temos. Vai ser escolhido até o final do feriadão. Por enquanto somos os Lordes de Ferro, reino autônomo. Foi decidido também pelo grupo que não vamos seguir um sistema de cores de batas. Ou seja, qualquer membro pode criar a sua Bata com o sistema de cores que achar melhor. Pode fazer uma toda preta ou uma toda branca, pode misturar as cores, pode homenagear o seu time favorito, ou a sua escola de samba campeã do carnaval. É com o jogador. Pode fazer mais de uma, inclusive. O que vai nos separar do resto do mundo é o símbolo que vamos usar no peito: o nosso corvo.  

Outra coisa que ficou decidido é que se o jogador quiser fazer um brasão pessoal, está liberado. O jogador pode usar o brasão pessoal no lado esquerdo do peito, numa versão menor, ou nas costas com uma versão bem maior.

Por enquanto é isso. Treinamos todos os domingos, a partir das 14:30-15:00 horas, ao lado do Galpãozinho do Gama, do lado da biblioteca pública da cidade, em frente a galeria do Super Frota, perto da Rodoviária da cidade.




OBS: neste feriadão de 07 de setembro não teremos treino. Vamos ao festival medieval de Brasília. 

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