terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Você não é obrigado.

Torneio são eventos sociais na acepção do termo. Muito mais que um momento de disputas e competição é o momento de confraternizar, de conhecer, de aprimorar, de se autodescobrir. Durante o I Torneio de Verão dos Cavaleiros da Virtude eu tive o prazer de conhecer muitas pessoas bacanas. Mas especialmente eu tive também o prazer de rever alguns colegas de treino que não davam as caras fazia um bom tempo.  Entre as desculpas usuais “é a crise”, “estou na faculdade”, “estou sem grana” uma delas chamou muito a minha atenção: “Ah cara, eu estava me sentindo sufocado. Esse negócio de vir aos treinos todo sábado trava a agenda. Às vezes eu queria sair com a namorada, passar tempo com a família, ir ao cinema e não podia porque tinha essa obrigação com os treinos”.

Bom, deixa eu dizer para vocês, 1d6 leitores, o mesmo que eu disse para o nobre colega: você não é obrigado. Swordplay é um hobby. Um passatempo. Alguma coisa que você faz porque gosta e porque tem tempo livre e porque está a fim de ir. São muitos “E” e muitos “SE” para preencher antes de você fazer o aquecimento e trocar golpes com um coleguinha. Você não é obrigado a vir em todos os treinos.  Você não é obrigado mesmo. Sério. Acredite em mim.

Quando eu comecei no Swrodplay avisei logo de cara que se algum jogo de RPG ou evento literário, ou cinema, ou qualquer outra coisa caísse no sábado eu não ia pensar duas vezes em deixar as espadas guardadas no armário da sala. As pessoas tendem a exagerar nos seus hobbies e na importância que eles assumem em suas vidas. Mas é como a minha mãe costuma dizer, com muita sabedoria: “primeiro a obrigação, depois a devoção”. Pra mim Swordplay é apenas um passatempo. Divertido, mas não passa disso.

Por isso eu convido a todos os amigos que estão afastados dos treinos por se sentirem obrigados a vir, que não se sintam assim: venham quando quiserem. Não se sintam envergonhados de passar tempo fora e depois voltar. Todo mundo se “enferruja” de vez em quando. Não é nada para se sentir mal.


No mais, um último conselho: se você tem algum hobby que está afetando negativamente a sua vida, se afaste dele. Saber lutar bem com a espada e o escudo é bacana, mas não vale o preço de ficar reprovado ou brigar com as pessoas que amamos. 

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Resultados do primeiro torneio de Verão dos Cavaleiros da Virtude

E o torneio terminou... e foi um sucesso.

Olá amigos,

Faz algumas semanas que eu venho noticiando e convidando a todos para o primeiro torneio de verão dos Cavaleiros da Virtude. O torneio é um dos quatro torneios que a Aliança de Beufort pretende lançar ao longo de 2016 e foi o “evento teste”. Ele foi totalmente organizado com os recursos dos Cavaleiros, que investiram bastante tempo e esforço nele. E o resultado? Não poderia ter sido melhor. Tivemos uma tarde muito agradável, com mais de 36 lutadores em busca da poderosa espada do verão, a Sumarbrander, em homenagem ao lançamento do livro Magnus Chase e a espada do Verão, de Rick Riordan. Alias o prêmio para o primeiro lugar foi uma réplica para swordplay desta mesma espada.

O torneio começou com o típico atraso tupiniquim, tanto por parte de alguns contentores que chegaram atrasados como por conta da organização. Mas depois que as chaves de duelo ficaram prontas foi só curtição e alegria. Uma das inovações que usamos no torneio foi de ter dois juízes por luta e duas câmeras filmando simultaneamente. Isso ajudou pacas a tirar dúvidas sobre aquele famoso “pegou/não pegou”. Afinal, swordplay não é futebol: podemos e devemos fazer bom uso da tecnologia para garantir a vitória do mais habilidoso.

E falando em habilidade... cara o nível do torneio estava altíssimo. Dava para ver isso pelos combates absurdamente rápidos. Alguns duraram menos de três segundos e o mais longo durou cerca de dois minutos.  Para efeitos de comparação de estrutura usamos o mesmo esquema do campeonato de artes marciais de Dragon Ball. Chave simples, eliminatória, com uma pequena diferença: um “free for all” de adagas designou oito contentores para uma repescagem.

No final do Torneio, Lucão da ordem dos assassinos foi o grande campeão, levando a espada para casa como um troféu. O segundo lugar ficou com Frank Cavalcante dos cavaleiros de Ibelin.
Além dos 36 lutadores teve um sem número se pessoas que deram as caras apenas para curtir o momento e torcer para o seu lutador favorito. A estrutura até que não estava nada mal para um primeiro torneio: tinha uma barraca de comidinhas com pudim, mousse, bolo, cachorro quente, refri, e outras guloseimas por preços muito convidativos. Entre uma luta e outra os contentores se revessavam enchendo a pança. Eu mesmo aproveitei pacas quando, no fim do torneio, os mousses de limão tiveram seus preços reduzidos à metade. Comi até quase ficar azedo.

Mas a melhor parte de todo o torneio foi a camaradagem envolvendo os diversos grupos. Não importava de que clã ou grupo você era. Tudo que as pessoas queriam era confraternizar, se divertir, curtir uma tarde de sábado com o seu hobby e outros praticantes. E foi isso que aconteceu.  


Bem, se você não deu as caras neste torneio saiba que perdeu uma boa dose de diversão. E se você veio, tenho certeza que vai querer estar conosco no segundo torneio deste ano. Aguardem novidades!

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Refazer é mais complicado que sair do zero.

Desde que comecei com esse lance de swordplay eu tenho aprendido muita coisa sobre a mecânica da forja de espadas. Com canais como o Magnus Legio ou o Belator ou mesmo com outros canais alternativos aprende-se os rudimentos da forja. É edificante ver que você pode construir armas do nada, usando apenas o material e a técnica certa.

Mas é a experiência do dia a dia que nos ensina a reaproveitar material. Aquela espada longa que quebrou vira uma proeminente adaga; a alabarda vira um machado tomahawk; o escudo grande vira um broquel. Fazer novos itens com peças sobressalentes é uma boa forma de alimentar a criatividade, poupar custos e manter o forjador afiado. O brasileiro é naturalmente um gambiarreiro natural.

Mas quando o assunto é refazer, ou seja, restaurar parece que a coisa muda de figura. Como é complicado restaurar aquela espada que se quebrou bem no meio. Como é difícil recuperar aquela guarda feita com todo cuidado por um ferreiro que nem esta mais por aqui. É bem mais fácil (e muitas vezes mais seguro) rapinar aquele material e fazer outra. 

Recentemente eu troquei a lateral de uma das minhas primeiras forjas. Uma espada tipo viking, de uma mão. Meses de combates tenham deixado a estrutura mais dura do que deveria e eu precisava trocar o acolchoamento para manter a espada macia e segura. Mas como deu trabalho fazer todos aqueles cortes em volta da lâmina principal. Foram dois dias de muito trabalho. E o resultado? Bom, não posso dizer que ficou como eu queria, mas a espada está de volta ao trabalho.   


Cada vez mais eu respeito quem é capaz de fazer uma boa restauração. 

A Importância da Malícia e da Cautela nas Relações Sociais no Swordplay

Na complexidade das relações humanas, é inevitável que, independentemente de quão bons sejamos e de quanto nos importemos com os outros, sem...