Desde que comecei com esse lance de swordplay eu tenho
aprendido muita coisa sobre a mecânica da forja de espadas. Com canais como o
Magnus Legio ou o Belator ou mesmo com outros canais alternativos aprende-se os
rudimentos da forja. É edificante ver que você pode construir armas do nada,
usando apenas o material e a técnica certa.
Mas é a experiência do dia a dia que nos ensina a reaproveitar
material. Aquela espada longa que quebrou vira uma proeminente adaga; a
alabarda vira um machado tomahawk; o escudo grande vira um broquel. Fazer novos
itens com peças sobressalentes é uma boa forma de alimentar a criatividade, poupar
custos e manter o forjador afiado. O brasileiro é naturalmente um gambiarreiro
natural.
Mas quando o assunto é refazer, ou seja, restaurar parece
que a coisa muda de figura. Como é complicado restaurar aquela espada que se
quebrou bem no meio. Como é difícil recuperar aquela guarda feita com todo
cuidado por um ferreiro que nem esta mais por aqui. É bem mais fácil (e muitas
vezes mais seguro) rapinar aquele material e fazer outra.
Recentemente eu
troquei a lateral de uma das minhas primeiras forjas. Uma espada tipo viking,
de uma mão. Meses de combates tenham deixado a estrutura mais dura do que
deveria e eu precisava trocar o acolchoamento para manter a espada macia e
segura. Mas como deu trabalho fazer todos aqueles cortes em volta da lâmina
principal. Foram dois dias de muito trabalho. E o resultado? Bom, não posso
dizer que ficou como eu queria, mas a espada está de volta ao trabalho.
Cada vez mais eu respeito quem é capaz de fazer uma boa
restauração.
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