quarta-feira, 27 de julho de 2016

Swordplay nos jogos interclasse - como foi.

Tudo começou numa lodorrenta quarta-feira pela manhã quando tenho a coordenação geral, com todos os professores do turno, para tratar de assuntos da escola. Neste dia, além dos avisos de atestados médicos e mudanças de turma, os professores de educação física perguntaram se alguém tinha sugestões para os jogos interclasse 2016 no CEM02 do Gama. A modalidade de Damas foi retirada e no seu lugar entrou o cabo de guerra. Ficou acertado que os jogadores de xadrez teriam de passar por uma oficina preparatória a fim de poderem de habilitar para os jogos.

No final da reunião sugeri ao professor Cleriston Sales, da pasta de educação física, a modalidade de swordplay. Ele achou uma ótima ideia, mas ficou com um pé atrás: quem coordenaria essa atividade? Quando me prontifiquei para assumir esta atividade tanto a coordenação da escola como a direção me deram sinal verde para fazer do jeito que eu queria.

Comecei a falar com os alunos, turma por turma (dou aula para 14 turmas diferentes), sobre a modalidade e as regras. Mostrei uns vídeos e até convidei os interessados para vir treinar com o grupo que eu treino atualmente (os Cavaleiros da Virtude – Santa Maria – DF). Mas não era efetivo. Então levei o meu material de swordplay para  a escola e fiz demonstrações durante uma semana nos intervalos, sempre no gramado da frente da minha sala.

A resposta dos alunos foi tão boa que eu solicitei um espaço em turno contrário para treinar quaisquer atletas interessados. A escola cedeu de bom grado o espaço e todas as quintas-feiras, de 9:00 às 12:00 eu reunia os alunos próximo à sala da coordenação para um treino rápido.  
O tempo foi passando e logo chegou o fim das inscrições dos jogos. O professor Ton (Cleriston) me mostrou a lista de alunos inscritos para a modalidade de swordplay. Setenta e cinco. Sério. Eu quase pirei. Era muita gente interessada em bater espadinha.



Os jogos de swordplay foram divididos em três modalidades: pega-bandeira, jogos vorazes e xis-um. Na segunda-feira, pontualmente as 14:30 começou a modalidade de pega-bandeira. Foi uma tarde bem longa, de poeira, golpes e corrida na frente do cine-teatro da escola. Por fim a turma do 3º ano I sagrou-se vencedora e em segundo lugar  2º ano P.
Campeões!

Vice-Campeões!

No segundo dia, terça feira, começamos com Jogos Vorazes, às 14:00. Teve de tudo: gente escondida atrás das árvores, gente se fingindo de morto e até um cara que passou boa parte da partida escondido e só saiu no final. Essa estratégia pouco honesta – mas vá lá, são jogos vorazes, vale tudo para vencer – rendeu ao aluno Antônio Carlos, do 2º ano, a vitória.
Os "tributos" antes dos jogos

Primeiro, segundo e terceiro lugares, respectivamente. 


Ainda na terça-feira fizemos a competição de xis-um. Mais de 26 alunos se prontificaram a participar. Foi uma disputa alucinante, em cima do palco, montado na frente da lanchonete da escola. A disputa foi acirradíssima, com direito a muitos gritos da plateia, mas no final o aluno Alan, do 2º ano que sagrou-se vencedor.
Os quatro melhores do Xis-Um

Foram dois dias de muitos gritos, risadas e diversão. Foi muito legal. E o melhor: nenhuma briga ou desentendimento com os alunos, que levaram golpes numa boa. No final muitos deles que não se conheciam, tornaram-se amigos.  E foi uma disputa divertida. Ano que vem tem mais.


Um comentário:

A Importância da Malícia e da Cautela nas Relações Sociais no Swordplay

Na complexidade das relações humanas, é inevitável que, independentemente de quão bons sejamos e de quanto nos importemos com os outros, sem...