De volta à estrada
Só não muda de ideia quem não tem ideia. Ouvi essa frase
pela primeira vez, provavelmente, pelos ensinamentos do mestre Mario Sérgio
Cortella. Mais provavelmente não seja de sua autoria. Mas independente de seu
autor, o seu ensinamento é de uma singeleza e certe
za desconcertantes. Toda
pessoa inteligente é cheio de ideias; portanto, mudar de ideia é uma prova de
inteligência. É uma fortaleza. Não uma fraqueza.
Desde que me entendo por jogador de swordplay e forjador de
equipamento tenho sido resistente ás ideias de união e de padronização do
esporte. Os motivos me pareciam bastante sólidos a época. Quem dava
legitimidade aos grupos que desejam essas padronizações? Como garantir que cada
grupo tenha acesso aos mesmos materiais e regras de construção de equipamentos?
Como padronizar os tamanhos das armas? Como padronizar as regras de
desmembramento? Double tap? Wave?
Então, por muito tempo, em nome da manutenção da
criatividade e da autonomia dos grupos, eu fui frontalmente contra qualquer padronização.
Entretanto, dada às novas configurações do cenário do
swordplay nacional, tais como o surgimento de uma associação como a Magnus
Legio, passando por eventos como os EPS, ECS, Odisséia entre tantos outros, o nascimento
e fortalecimento de grupos nos mais diversos estados do Brasil e do nascimento
de grupos violentos e preconceituosos dentro do swordplay eu me vi forçado a
reavaliar minhas posições.
Depois de muito refletir só consigo ver na união dos
diversos grupos e agremiações de swordplay no Brasil, com força de associações,
ligas, federações e confederações uma maneira eficaz de defender não apenas o
nosso hobbie como também defender a integridades física de membros, para que
eventos como os ocorridos no Rio de janeiro não venham a se repetir novamente.
Então, muito humildemente, me comprometo à causa da união
dos grupos de swordplay em nome de uma padronização de regras, equipamentos,
normas de conduta e segurança dentro dos diversos grupos, a fim de criar um
cenário forte, acolhedor e protetor de nossos desejos e vontades.
Um swordplay, um conjunto de regras.
Valberto, falou tudo. Sou um dos organizadores do ECS (RJ) e faço parte do DK Swordplay atualmente. Entendo perfeitamente essa necessidade de união e padronização, pois sou um dos que mais (se não "O QUE MAIS") clama por isso no Rio de Janeiro.
ResponderExcluirAcredito que a padronização, seja de regras, equipamentos, configuração dos grupos, etc, tende a ajudar todos nós a termos mais segurança e liberdade para desenvolver nossas práticas e atividades, além de ser também um fator importante para a transformação do cenário do swordplay por todo o país, ligando mais grupos e mais estados através de um envolvimento maior através de eventos que vem aumentando em número de pouco a pouco.
Adorei o post e me coloco a disposição para uma discussão saudável sempre! Abraço!