Armas exóticas
O conceito de arma exótica não é
um consenso. Segundo alguns sites que lidam com armas e artes marciais, o
conceito de arma exótica é a seguinte: “a denominação que recebe a categoria de
armas de formato incomum ou alterado (...) ou incomum, que por vezes lembram
flores, grandes anéis com formato de sol, hastes com garras na extremidade
entre outras”. Tamanho neste caso também conta como um diferencial. Foices
enormes não podem ser outra coisa que não exóticas.
Mas o que faz uma arma ser
exótica? De verdade? A cultura onde ela está inserida. Para os samurais e sua
cultura milenar, o florete é e exótico; já para o espadachim italiano do século
XVI a katana é que é exótica. Então o que faz uma arma ser exótica é a cultura
que ela está inserida.
Outra vertente curiosa para a
definição de arma exótica é o número de praticantes dessa arma. Dificilmente um
machado ou uma alabarda seriam consideradas exóticas em grupos que lidam com a
arte marcial de temática europeia, mas estas armas não são exatamente comuns.
Observe bem o grupo que você frequenta: quantos alabardeiros você tem? E usuários
de machado? Agora compare esse número com o número de espadas e de lanças. Deu
para perceber que o guerreiro que porta uma alabarda ou o que usa um ou mais
machados vai se destacar.
Então, quais são as armas exóticas mais comuns que costumamos encontrar
nos grupos de swordplay espalhados por aí?
Oversized weapons (armas enormes –
escudos contam), armas de outras culturas (katanas, adagas sai, shurikens, kusari
gama, etc), armas pouco usadas (machado, alabarda, mangual, etc), de formato
incomum (machado de duas cabeças, espada de duas lâminas, etc) e coisas que só
podem ter saído de um desenho animado ou jogos (como chicotes de cravos, adaga
amarrada numa corda no pé do guerreiro).
E como lidar com essas coisas?
A primeira coisa a saber é qual é
o entendimento do grupo sobre isso. Um grupo mais focado em softcombat ou
recriação histórica europeia dificilmente aceitaria uma kusarigama ou uma
buster sword. Esse entendimento deve ser construído coletivamente e revisado de
tempos em tempos. Grupos mais abertos podem ter uma visão mais aberta, mas é
sempre seu dever perguntar antes de chegar no treino com um mangual com 1,5m de
corrente no treino.
Um segundo ponto a ser considerado
é como a arma funciona em grupo. Muitas dessas armas não funcionam nas manobras
de linha ou enfrentamento de exércitos no modelo EPS. São mais indicados para
usar em contendas menores ou atividades solo.
Outro ponto a considerar é se o
item vai precisar de regras adicionais. Uma espada garra de tigre se
comportaria exatamente como uma espada normal, diferenciando apenas o seu
formato. Digamos que ela tem apenas uma “skin” diferente. Mas armas como shurikens
e manguais exigem outra visão.
Vou listar três armas exóticas
permitidas no meu grupo e as regras que se aplicam.
Meia lança: uma lança curta, toda
recoberta de espuma, com 1m de comprimento. Cabeça rombuda. Pode ser usada como
lança ou maça e pode ser arremessada. Causa dano onde pegar (se pegar na perna
causa 1 ponto de dano, se pegar nas costas causa 2 pontos e por aí vai).
Facas de arremesso: adagas de até
30cm de comprimento, macias e todas cobertas com espuma. Se usadas como adagas
normais funcionam como adagas normais; quando arremessadas causam apenas 1
ponto de dano independentemente de onde atinjam o alvo.
Mangual atroz: Qualquer mangual
cujo cumprimento total ultrapasse 1m. Tanto a cabeça da arma quanto a sua
corrente causam dano, mas funcionam como armas de arremesso: causam apenas 1
ponto de dano independentemente de onde atinjam o alvo.
Mas o mais importante de tudo
isso é a diversão: tanto de quem usa a arma “diferentona” como de quem vai
treinar com ele. Se ambos estiverem de acordo, não tem erro.
Até a próxima!
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