Esse terceiro final de semana de maio de 2019 foi bem
movimentado para a galera dos Lordes de Ferro. No sábado tivemos o já
tradicional evento do Matsuri, no Centro Interescolar de Línguas, na cidade do
Gama e no domingo tivemos a primeira edição do Amazona de Ouro, competição
voltada exclusivamente ao público feminino. Ainda “ressacado” pelo trabalho nos
dois eventos vou tentar fazer um relato sucinto do que aconteceu nos dois.
Matsuri: ano dois. Dessa vez estamos preparados.
No ano passado fomos convidados pela sensei Veryanne Couto
para fazer parte do hall de atrações do evento, trazendo um pouco de ação com
nossas batalhas campais. O primeiro ano fomos pegos desprevenidos pela
quantidade de pessoas que assolou o nosso estande, como pode ser visto na
postagem “Relato do evento do 6º Matsuri no Cil Gama (21/05/2019)”. Fomos
literalmente tomados por um tsunami de otakus enlouquecidos em busca de usar
jutsus e se baterem com espadas de espuma.
Dessa vez estávamos preparados. Preparamos um arsenal
especialmente para o evento e mudamos a nossa localização para perto do
auditório. Se ficamos mais escondidos em relação ao ano passado também ficamos
mais protegidos. Sombra o tempo todo e um espaço bem bacana para expor as
armas. Um adicional extra é que tivemos acesso a um privilegiado espaço não
utilizado na unidade do CIL: uma área de horta desocupada que serviu de arena
para grupos maiores.
Ao contrário do ano passado, desta vez cobramos pelo uso das
espadas e fizemos registro de quem as usava. Isso diminuiu – e muito – o tsunami
de cosplayers do Naruto que queria simplesmente destruir o equipamento. Saldo final?
Grana o bastante para comprara vários rolos de silvertape (na verdade três ou
quatro), jantar de pizza para todos os participantes do estande e menos de três
espadas seriamente avariadas. Se me perguntar, foi um sucesso.
A tabela de preço:
Duelo x1 – R$2,00 (melhor de três)
5 minutos de porrada (sem perder a amizade) – R$ 3,00
30 minutos (só para quem tem coragem) – R$10,00
O dia todo (vai e volta quantas vezes quiser) – R$15,00
Ano que vem teremos mais!
Em busca da mais forte.
No começo de 2019, com o intuito de incentivar e valorizar a
participação das meninas no grupo dos Lordes de Ferro, começamos a organizar
uma competição chamada Amazona de Ouro, que premiaria melhor combatente do
grupo.
Foram cinco meses de muito preparo e treinamento que
culminaram com uma competição que reuniu as oito mais corajosas guerreiras. Sei
que oito não parece um número muito grande à primeira vista, mas é um grande
feito se tratando do Distrito Federal. As competições foram divididas em três modalidades:
arma favorita, lança e arco e flecha.
Num espírito super esportivo as meninas deixaram de lado a
figura dos juízes, arbitrando elas mesmas suas próprias lutas com honradez e
verdade. Uma coisa quase que impensável em qualquer outro tipo de modalidade
esportiva. A câmera filmando era apenas para lembranças e não para ser usada
como VAR.
As competições de arco foram de longe as mais divertidas e
que tiveram mais interação da torcida. Cada flecha disparada parecia que era um
chute a gol. “Rusha em cima dela, rusha”, gritava a torcida quando uma das
meninas estava de arco armado e corria na direção da adversária. “Errou!”, com
direito a sotaque de Fausto Silva quando a flecha passava longe dos alvos
pretendidos.
A estrutura foi montada para que cada menina enfrentasse
todas as outras pelo menos uma vez dentro das competições. Vitórias somavam 3
pontos, empates 1 ponto e derrotas 0. Ao final Rivca Rocha (Caska) tirou
primeiro lugar, seguida de perto (apenas três pontos de diferença) por Jéssica Souza
(Cabelo de fogo) e com a Janaína
Stephany (Linfër) em terceiro lugar.
Nem tudo foram flores, no entanto: duas competidoras não conseguiram
chegar à tempo no campo de honra e foram desclassificadas. Uma delas chegou às
15:10 e a outra às 15:30, mas o tempo limite era as 15:00 horas.
“Puxa Betão, não dava para abrir uma exceção?”
Não. Quer dizer, eu poderia, claro, mas preferi me manter
com as regras. Se fosse um concurso público, competição oficial ou vestibular
elas teriam sido eliminadas. Sei que é uma lição dura, mas é uma lição que
todos tempos que aprender. Outro ponto a destacar foi a baixa adesão de outros
grupos. Do Alamut nenhuma menina veio competir (Yukki, estou olhando para você!),
da Távola Redonda também não (eu sei Pandy, concurso público em primeiro lugar!
Espero que você tenha passado!). Vai ver o Gama é longe demais. Eu entendo
isso.
A Aliança mandou duas guerreiras muito corajosas: Giovana Campanaro
e Isabela Campanaro (gêmeas!) que abrilhantaram a nossa competição. Sou muito grato demais a elas.
E no fim? No fim foi uma grande brincadeira, onde todo mundo
se divertiu e curtiu. Esse é o nosso espírito, é assim que fazemos as coisas. E
agora? Agora é relaxar que semana que vem começam os preparos para o Cavaleiro
de Ouro. Competição masculina. Sim senhor.
Até lá.
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