domingo, 19 de dezembro de 2021

Continue semeando

As coisas que eu aprendi ao longo de toda minha vida foi que o conhecimento pode vir de qualquer lugar. E o conhecimento é bastante útil nas nossas vidas. Só existe um tipo de conhecimento que não vai te ajudar, é aquele que você não tem. Às vezes, entretanto, você tem o conhecimento, mas não sabe como usar. esse texto é sobre como usar. 


Dessa forma, quando nós mantemos os nossos olhos e ouvidos atentos para as oportunidades de aprendizado que a vida tem para oferecer, podemos adquirir tesouros inestimáveis. 


Se você me conhece sabe que eu tenho um grupo de Swordplay. O meu grupo, assim como muitos outros grupos do Brasil inteiro, passou um longo período sem poder treinar por conta da epidemia do coronavírus. Só muito recentemente conseguimos fazer dois treinos de teste e mesmo assim, mantendo todas as normas sanitárias de distanciamento social. Garanto para você que treinar de máscara não é a melhor coisa do mundo, mas é bem melhor do que não treinar. 


Ontem eu estava revendo os arquivos de imagens para fazer a postagem de convite no Instagram quando me deparei com uma foto onde o grupo contava com mais ou menos 40 pessoas. Num lugar como Distrito Federal, especialmente uma cidade periférica como é o caso da cidade do Gama, reunir 40 pessoas para um treino de Swordplay é um fato digno de nota. É muito mais do que grupos famosos no Rio de Janeiro e São Paulo conseguem fazer. E por um momento eu fiquei preso à nostalgia do passado, pensando como era bom quando o grupo era daquele tamanho. 


Remoendo essa sensação e lembrei de uma parábola da Bíblia que foi dita para mim durante um treinamento numa das muitas escolas que eu trabalhei. Com Certeza você já ouviu falar da parábola do semeador. E é justamente sobre esta parábola, os efeitos que teve sobre mim naquele momento de nostalgia, que eu quero falar com vocês hoje.


Mas antes de começar a parábola propriamente dita é preciso que você atente para dois fatos muito importantes. O primeiro deles é que se tratava de um semeador muito ambicioso. Se você ler o texto com atenção vai perceber que a atitude dele era atitude de uma pessoa ambiciosa, mas não no sentido mesquinho de ambição e sim no sentido de nos empurrar para frente, de fazer com que busquemos o nosso melhor. E o segundo ponto que eu quero colocar antes de começar a parábola é que a semente que ele tinha era de excelentíssima qualidade. 


Diz a parábola: 

“O semeador saiu a semear. Quando semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho, e vieram as aves e comeram-na”. 


Quando colocamos a parábola em perspectiva percebemos que o cara que toca o treino, ou o cara que fundou o grupo, ou ainda o cara que é o líder do clã, é o Semeador. Enquanto ele semeava, uma parte de suas sementes caiu à beira do caminho e vieram as aves e tiraram a barriga da miséria. 

Entenda que alguns dos caras simplesmente não vão aparecer. Não vão dar nem mesmo uma justificativa pelo WhatsApp. E o que que aconteceu com eles? Bem, se você quer a minha opinião como líder de Clã, eu digo para você que os pássaros os pegaram. 

Imagine o caso de uma jogadora. Ela sabe que os treinos estão de volta e, ela sabe quando e onde os treinos vão acontecer. Mas dá 2:30 da tarde e a menina não aparece. Onde ela está? Os pássaros a pegaram. 


Antigamente eu ligaria para a jogaria e perguntaria o que aconteceu, Como se tivesse algum poder para atrair a jogadora de volta aos treinos. Só que isso é uma ilusão. Eu não posso fazer isso. Só ela tem esse poder.


Continua a parábola: 

“Outra parte caiu nos lugares pedregosos, onde não havia muita terra; logo nasceu, porque a terra não era profunda e tendo saído o sol, queimou-se; e porque não tinha raiz, secou-se”.


Esse é um dos maiores mistérios que permeiam o swordplay. Tem pessoas que você bate o olho na primeira vez que aparece no treino e diz: poxa esse sujeito não vai vir na semana que vem. Só que para sua surpresa, esse cara continua voltando semana após semana e antes mesmo que você perceba ele já é um membro valoroso do seu Clã. Da mesma forma tem aquelas pessoas que começam a treinar com a gente, muito empolgadas e dedicadas que depois simplesmente somem. O que é que aconteceu com elas? Podemos dizer com certeza que caíram em solo pedregoso e como não criaram raízes, o sol as queimou. Pode ser que aqui o sol seja qualquer coisa: um emprego que não dá folga aos domingos, algum compromisso familiar que cai exatamente no dia do treino, ou é a estreia do homem-aranha, ou qualquer outra coisa. Já vi gente faltar ao treino por causa do campeonato de lol! Essas pessoas simplesmente não criaram raízes com a gente. E assim como eu fazia com as pessoas que eram capturadas pelos pássaros, eu também tentava fazer com que essas pessoas criassem raízes. Fato é que isso não depende de mim. 


Continua a parábola: 

“Outra caiu entre os espinhos, e os espinhos cresceram e a sufocaram”.


Não consigo pensar em Espinhos mais perigosos e sufocantes do que uma família crítica. Às vezes você tá muito empolgado para treinar, mas a sua mãe vem com aquele papinho de que você já está muito grande para bater espadinha na praça com os amigos. Talvez o pessoal da sua casa faça graça com você porque você tem um hobby um pouco diferente. Seja lá qual for o motivo, no dia do treino você não está lá. E se alguém perguntar o que foi que aconteceu com você, eu vou dizer que os espinhos cresceram e te sufocaram. 


Mas então a parábola termina: “Outra caiu na boa terra e dava fruto, havendo grãos que rendiam cem, outros sessenta, outros trinta por um”.


E o que que eu quero dizer com essa análise de parábola no meio de um blog que fala de swordplay? Eu quero dizer que você administrador do seu Clã deve continuar semeando. Deve continuar convidando amigos e conhecidos para conhecer e treinar swordplay com você. Deve continuar treinando forte e com consistência. Alguns vão ser comidos pelos pássaros, outros vão ser queimados pelo sol e outros vão ser sufocadas pelos Espinhos, mas alguns deles vão cair em Boa Terra e vão dar frutos. 


E é justamente atrás desse pessoal que eu estou. Que você deveria estar. Ter saudade dos bons tempos com 40 pessoas no treino é muito bacana e sedutor. Mas o lance é que eu não posso dar atenção para esses quarenta que não vieram. Seja lá por conta dos pássaros ou por conta dos Espinhos ou por conta do Sol. Eu tenho que dar atenção para quem está lá comigo, crescendo e frutificando. 


Eu não sei se o que eu escrevi até aqui faz realmente muito sentido. Mas eu gostaria de que você que está lendo até agora, entendesse que basta continuar o seu bom trabalho e cedo ou tarde as pessoas vão chegar, vão treinar, vão ficar e vão ajudar você a construir o reino dos teus sonhos. 

 

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Back in the game.



Olá meus 1d6-1 leitores. Aqui quem fala é o Betão e é com muito prazer que estou reabrindo oficialmente o nosso blog de swordplay. Para quem não sabe, encerramos temporariamente as atividades por causa da pandemia do covid no Brasil. Agora, com a franca diminuição do número de casos e com as pessoas tendo acesso às vacinas, estamos de volta, mas com algumas mudanças. 


Primeiro que ainda não é 100% seguro sair nas ruas. O covid ainda está por aí e justamente por causa de uma minoria de anti-vacinas idiotas mundo afora, o danado do vírus está se multiplicando e evoluindo. Quando esse texto foi ao público, a grande novidade era a variante ômicron. Por isso, em todos os nossos treinos temos de respeitar, obrigatoriamente, o distanciamento social, o uso de máscaras o tempo todo, a higienização constante com álcool em gel e a proibição da troca de materiais de qualquer forma. Restringimos também os nossos treinos a duas vezes por mês, com um espaçamento de 15 dias entre cada uma das ocasiões para que possamos monitorar a saúde de nossos membros e a evolução da pandemia. Só pode participar dos treinos quem apresentar o comprovante das duas doses de imunizante. 


Segundo que temos novidades legais. O nosso canal do youtube (https://www.youtube.com/channel/UCpFDZ0gr9WNlAtg1m0UeOhA) está de volta e em breve teremos um vídeo de forja explicando como se faz um sabre curvo. Nosso novo insta (https://www.instagram.com/lordes.de.ferro/) também está bombando, com fotos e vídeos de nossos treinos. E demos um raise dead em nossa comunidade no facebook - esta apenas para membros. 


Além dos novos meios de comunicação, vamos voltar a escrever artigos relacionados às questões do swordplay no Brasil mais ou menos pós pandemia. Se você quiser mandar algum tema para gente escrever a respeito, sinta-se livre. 


Queremos também fechar parcerias com outros canais e em breve vamos começar a soltar partes do nosso “livro de regras gerais”. 


É isso. É bom estar de volta.


quinta-feira, 24 de junho de 2021

E a pandemia, hein?

Acho que você sabe, tão bem quanto eu sei que o mundo está afundado numa pandemia avassaladora de um modo que a gente não via há pelo menos 100 anos. 
Diferente de outras pandemias que vivemos no passado, como a gripe espanhola, hoje nós temos uma tecnologia capaz de gerar em menos de um ano vacinas eficazes e remédios que podem nos defender dos efeitos mais malignos desta nova variante do vírus covid. 
Graças a política econômica e sanitária absolutamente desastrosa do governo bolsonaro estamos atrasadíssimos no quesito de vacinação. Menos de 10% de imunizados com duas doses. Recentemente, quando esse texto foi ao ar originalmente, o Brasil bateu a marca triste de mais de 500 mil brasileiros mortos. Projeções indicam que se o Brasil e o ministério da Saúde tivessem comprado as vacinas em tempo hábil, esse número não passaria de 100 mil pessoas.
Mas seria hipocrisia da minha parte colocar a culpa nesse meio milhão de brasileiros mortos exclusivamente na conta do genocida que ocupa atualmente a presidência da república ou seus asseclas. Muitos brasileiros, cidadãos de bem, vizinhos, colegas e até pessoas muito bem intencionados, em quem nós temos depositado grande carinho e afeição, contribuíram de forma decisiva para esse número desastroso e astronômico. 
Quando você vai à uma festa clandestina, quando você ignora os procedimentos de distanciamento social, quando você faz aglomerações sem a real necessidade, você está contribuindo para a disseminação de um vírus mortal que leva à óbito 15% dos seus infectados, lotando UTIs do Brasil inteiro, impedindo que outras pessoas que precisam usar aquelas instalações possam fazê-lo. 
Uma as pessoas que tem nas swordplay comigo é a Jéssika Martins. Além de Bater espadinha como ninguém ela também é enfermeira, especializada em atendimento de emergência, e o relato dela é terrível: "Betão, o plantão da noite passada foi um verdadeiro pesadelo! Não parava de chegar novos pacientes graves e no final do meu plantão passei 45 minutos montada em cima de uma paciente fazendo massagem cardiotorácica para ver se conseguíamos reverter uma parada no coração dela. Depois de 45 minutos de muito esforço aquela senhora veio à óbito. Agora vê bem: uma mulher com um pouco mais de 35 anos, saudável, morrendo assim numa madrugada de uma quarta para quinta-feira, longe dos parentes e dos amigos. Porra Betão, e quando eu saio do plantão vejo pessoas voltando de uma festinha clandestina, fedendo à cachaça e com máscara no queixo. O que é que este pessoal tem na cabeça?"
E por que é que eu tô usando um blog que fala de bater espadinhas de espuma para falar de um negócio desses? 
Simplesmente porque tem alguns grupos de swordplay no Brasil a fora que retornaram aos treinos. É como se essa quantidade absurda de pessoas mortas não significasse nada diante do desejo de bater espadinha com o colega no meio da rua. É como se não houvessem variantes como a Delta (a mais comum n Brasil) ou a Delta Plus que são muito mais infecciosas do quê as que já conhecemos até agora. É como se os hospitais estivessem transbordando de vagas de UTI para atender o pessoal que chega a todo momento com falta de ar. É como se todo mundo já tivesse sido vacinado e estivesse tudo bem. Então, não... não está nada bem!
Não importa o lema que seu grupo tenha. Que tenha palavras como honra, justiça, coragem ou qualquer outro adjetivo viril. Se você ou seu grupo estão de "Volta a treinar" ou mesmo "fazendo eventos" no meio de uma pandemia, como a que estamos vivendo, você está dando um tapa na cara de todos os profissionais de saúde que estão se matando de trabalhar no momento que eu estou escrevendo esse texto, entalado na cozinha da minha casa, de onde eu não saio sem necessidade já tem mais de um ano e meio. 
"Ain Betão, mas aqui é todo mundo maior de idade e cada um cuida da sua vida". O problema é que a doença não respeita só você. Uma pessoa se infecta caminho do treino e acaba infectando os outros colegas. Pode ser que ele não desenvolva nenhum sintoma mas pode infectar o saguão da entrada do seu prédio, ou o elevador. Sem querer, você pode virar infectar aquela senhora que não sai de casa já tem mais de um ano e meio e ela vir a falecer. Você acha que esse é um preço justo apagar por 2 ou 3 horas de exercício aeróbico batendo espada no coleguinha? 
"Ain Betão, mas você já viu o transporte público?" Eu já vi sim, obrigado. Mas eu duvido que as pessoas estejam ali por vontade própria ou por prazer. Eles estão ali para defender o pão de cada dia porque a porcaria do governo não foi capaz de garantir nem vacina nem auxílio emergencial digno para quê ficássemos em casa protegendo aquilo que nós temos de mais valioso: nossas vidas. 
E arriscar jogar essa vida fora, por um prazer fugaz é o que você está fazendo quando coloca o seu grupo para treinar. 
E nem é preciso vir com a conversinha de que vocês estão seguindo todos os procedimentos de segurança. Nas fotos e vídeos que vocês insistem em espalhar pela internet (como se fosse uma grande propaganda) é possível prover praticantes sem Máscara ou se esbarrando. 
Cada vez mais eu tenho desgosto dessas pessoas que se dizem praticantes de swp. O meu grupo não vai voltar a treinar até que seja seguro. E com todo o respeito, foda-se que eu não tenho dinheiro para reformar os equipamentos, ou que vou ficar de fora deste ou daquele evento, o que eu ou o meu grupo vamos ficar fora de forma quando essa bagunça toda terminar. Nada disso vale o preço de uma vida. 
Uma hora como essa é muito fácil culpar os políticos pelo mar de merda que estamos enfiados até o pescoço. Mas vale a pena você olhar em volta e colocar na balança as suas próprias ações para ver o quanto dessa merda saiu do seu cu e da sua boca. 

terça-feira, 15 de junho de 2021

Abusos: termos e definições.

O texto a seguir não é meu. É do meu inestimável amigo e mestre jedi Luis Felipe Nascimento. Vale cada palavra.  



E lá vamos nós mais uma vez...

Recentemente ocorreu MAIS UMA VEZ, casos de assédio moral, bullying e violência psicológica em nossa comunidade.
Com isso, vou tentar resumir um curso de 30 horas que eu fiz, pelo Instituto Olímpico Brasileiro e Comitê Olímpico Brasileiro, para combater e rechaçar essa prática tão odiosa, que afasta vários praticantes e ainda deixa sequelas nas vítimas, e alertar A TODOS, que com base nestes conhecimentos, JUNTOS PODEMOS E IREMOS COMBATER AS MÁS PRÁTICAS DESTA ATIVIDADE ESPORTIVA.
Termos e Definições:
Assédio moral: é uma conduta abusiva, frequente e repetitiva que se manifesta por meio de palavras, atos, gestos, comportamentos ou de forma escrita, que humilha, constrange e desqualifica a pessoa ou um grupo, atingindo sua dignidade e saúde física e mental, ameaçando o seu emprego ou desedificando o clima organizacional do trabalho (no nosso caso se refere aos treinos e o ambiente de treino em si), e até mesmo afetando sua vida profissional e pessoal, geralmente realizada por alguém que tenha poder de tomada de decisão ou aquela pessoa que obtenha poder hierárquico sobre o subordinado ou poder de ingerência no ambiente organizacional.
Assédio sexual: toda a tentativa visando à obtenção de favores sexuais através de condutas reprováveis, indesejáveis e rejeitáveis, como forma de ameaçar e, por vezes, como condição para continuidade no ambiente esportivo e de trabalho. Também se caracteriza por quaisquer outras manifestações agressivas de índole sexual com objetivo de prejudicar a atividade por parte de qualquer pessoa que integre a delegação ou a organização, independentemente do uso do poder hierárquico. O assédio sexual pode assumir a forma de abuso sexual.
Abuso sexual: atividade sexual não desejada, onde o agressor usa a força, faz ameaças ou se aproveita de vítimas que não pode dar seu consentimento. O Código Penal o trata em tipos penais específicos, como estupro, violação sexual mediante fraude e corrupção de menores.
Violência psicológica: é uma conduta que causa dano emocional e diminuição da autoestima ou prejudica e perturba o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, intimidação, manipulação, isolamento, vigilância
constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação.
Violência física: qualquer ato deliberado e indesejável que caracterize ofensa à integridade física ou à saúde da vítima como, por exemplo, perfurar, bater, chutar ou queimar, entre outros. Tal ato também pode consistir de atividade forçada, tais quais o consumo de álcool ou algumas práticas de dopagem.
Violência de gênero: é a conduta violenta, seja física ou psicológica, exercida contra qualquer pessoa ou grupo de pessoas sobre a base de seu sexo ou gênero que impacta de maneira negativa em sua identidade e bem-estar social, físico ou psicológico.
Negligência ou omissão: uma omissão por parte de quem compartilha o ambiente de trabalho (treino) ou, no ambiente esportivo, qualquer pessoa com o dever de cuidado para com outrem e que em função de referida omissão permite que algum dano seja causado ou propicia um perigo de dano iminente.
Legislação e Referência Externa:
 Constituição Federal
 Código Penal
 Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei 8.069/1990, com alterações da Lei 11.829/2008
 Lei Federal n° 13.431/2017
 Declaração Universal dos Direitos Humanos
 Convenção sobre os Direitos da Criança
 Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher
 Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher
 Resolução no
20/2005 do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas
 Safeguarding athletes from harassment and abuse in sport – IOC Toolkit for IFs and NOCs
Com base nos termos e legislação vigente neste país, é dever de todo o praticante, principalmente os líderes de clãs, com risco de serem enquadrados como omissos, coniventes e co-responsáveis pelo delito, a buscarem autoridades competentes para estes casos, como Delegacias especializadas em assédio e abuso, Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), Conselho Tutelar (por região / bairro),Vara da Infância e Juventude, Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Delegacia de Polícia, Ministério Público, Disque Denúncia (Disque 100 ou 180) e Federações de algumas atividades esportivas (HMB é o maior caso que tenho visto).
Para as mulheres:
Ligue 180: O Governo Federal Brasileiro oferece um serviço denominado Central de Atendimento à Mulher em situação de violência (Ligue 180), que registra casos de violações contra as mulheres e os encaminha aos órgãos competentes, alem de disseminar informações sobre seus direitos, dar amparo legal e oferecer uma rede de atendimento e acolhimento. Os registros vão de crimes de importunação sexual, assédio, estupro, exploração sexual (prostituição)a estupro coletivo.
Para todos:
Disque 100 ou Disque Direitos Humanos: • Ouve, orienta e registra a denúncia. • Encaminha a denúncia para a rede de proteção e responsabilização. • Monitora as providências adotadas para manter o denunciante informado sobre o que ocorreu.
1. Precisamos Implementar e monitorar políticas e procedimentos que:
• Declare que todos os atletas tem o direito de serem tratados com respaldo, protegidos contra violência;
• Declare que o bem-estar dos atletas é fundamental;
• Identifique quem é responsável pela implemetação dessas políticas e procedimentos:
• Especifique o que constitui uma violação e o intervalo de consequências;
• Declare um sistema de resposta para lidar com preocupações e denúncias de vítimas / denunciantes, com procedimentos de denúncia e encaminhamento, e um mecanismo de resolução neutra; •Forneça detalhes de onde procurar aconselhamento e suporte para todas as partes envolvidas em uma indicação ou denúncia
2. Oferecer um programa de educação para todas as principais partes interessadas sobre como se envolver nos aspectos práticos da prevenção de violência.
3. Nomear ou trabalhar com pessoal qualificado e designado responsável pela programação esportiva segura e pelo bem-estar do atleta
4. Ouvir as vozes dos atletas na tomada de decisões sobre sua própria proteção.
Swordplayers:
•Conheça seus direitos e responsabilidades em relação à prevençãoe denúncia de violência.
•Identifique seus sistemas de suporte entre e além dos membrosde clã.
•Apoie seus colegas e incentive-os a falar se testemunharem ousofrerem violência.
•Negocie um representante na tomada de decisões sobre sua própria proteção.
Espero que com isso a gente possa evitar a violência contra todos os envolvidos e incorporar um ambiente esportivo seguro, acolhedor e respeitoso para o swordplay.

A Importância da Malícia e da Cautela nas Relações Sociais no Swordplay

Na complexidade das relações humanas, é inevitável que, independentemente de quão bons sejamos e de quanto nos importemos com os outros, sem...