segunda-feira, 10 de agosto de 2015

There and back again

A difícil arte de recomeçar

Algumas vezes a vida adulta nos prega peças engraçadas. Hoje em dia eu tenho recursos para comprar qualquer coisa nerd que eu sempre quis comprar. Se eu quiser, e bater o pé com alguma força, posso comprar uma luminária do Goku se preparando para lançar uma Genkidama. Claro que eu tenho outros gastos em mente, como a prestação do carro e a reforma da cozinha, mas não posso dizer que me falte dinheiro para atender meus desejos. O que me falta de verdade é tempo.

Estou a quase um mês sem pisar nos treinos de swordplay. Os motivos são vários mesmo. Desde obrigações sociais e familiares, trabalho ou mesmo impossibilidade física de participar – a minha presença era necessária em outro lugar. Claro, em nenhum dos lugares/eventos que eu fui – exceto talvez a obrigação trabalhista – eu fui realmente obrigado a ir. Foram escolhas. Escolhas conscientes. Escolhas que geraram perdas. Quando você escolhe, obrigatoriamente você perde alguma coisa. Neste último mês o swordplay parecia o vasco no campeonato brasileiro de 2015: perdeu muitas vezes em seguida.

Estou ensaiando uma volta para este fim de semana. Mas eu digo que não é fácil. Voltar, depois de tanto tempo, parece ser mais difícil do que eu me senti quando comecei. É uma sensação estranha mesmo. Uma sensação de puro estranhamento. Eu vou estar lento, fora de forma, sem a mesma pegada no combate, sem visão de campo, sem estratégia... eu tenho certeza que a mente vai pedir alguma coisa e o corpo, bem, o corpo vai dar “sinal de ocupado” ou como dizem os mais jovens “de conexão recusada”.


Mas é como diz aquela célebre fase do Hobbit: “there and back again”. Vamos ver o que é que acontece. 

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