A difícil arte de recomeçar
Algumas vezes a vida adulta nos prega peças engraçadas. Hoje
em dia eu tenho recursos para comprar qualquer coisa nerd que eu sempre quis
comprar. Se eu quiser, e bater o pé com alguma força, posso comprar uma
luminária do Goku se preparando para lançar uma Genkidama. Claro que eu tenho
outros gastos em mente, como a prestação do carro e a reforma da cozinha, mas
não posso dizer que me falte dinheiro para atender meus desejos. O que me falta
de verdade é tempo.
Estou a quase um mês sem pisar nos treinos de swordplay. Os
motivos são vários mesmo. Desde obrigações sociais e familiares, trabalho ou
mesmo impossibilidade física de participar – a minha presença era necessária em
outro lugar. Claro, em nenhum dos lugares/eventos que eu fui – exceto talvez a
obrigação trabalhista – eu fui realmente obrigado a ir. Foram escolhas. Escolhas
conscientes. Escolhas que geraram perdas. Quando você escolhe, obrigatoriamente
você perde alguma coisa. Neste último mês o swordplay parecia o vasco no
campeonato brasileiro de 2015: perdeu muitas vezes em seguida.
Estou ensaiando uma volta para este fim de semana. Mas eu
digo que não é fácil. Voltar, depois de tanto tempo, parece ser mais difícil do
que eu me senti quando comecei. É uma sensação estranha mesmo. Uma sensação de
puro estranhamento. Eu vou estar lento, fora de forma, sem a mesma pegada no
combate, sem visão de campo, sem estratégia... eu tenho certeza que a mente vai
pedir alguma coisa e o corpo, bem, o corpo vai dar “sinal de ocupado” ou como dizem
os mais jovens “de conexão recusada”.
Mas é como diz aquela célebre fase do Hobbit: “there and
back again”. Vamos ver o que é que acontece.
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