Olá amigos,
Como vocês devem saber eu sou um cliente da forja “Gatosas
de Prata” aqui em Brasília. Apesar de achar o nome meio estapafúrdio e de achar
o lema deles impropagandeável (“quer ficar gato?”) é inegável a qualidade de
seus produtos.
Encomendei com eles uma espada em outubro de 2015. Os
resultados da encomenda podem ser lidos aqui: http://swordplaydobetao.blogspot.com.br/2015/10/quer-bem-feito-busque-um-profissional.html.
Eis que, quase um ano depois, eu precisei de reparos na ponta da espada. Mandei
uma mensagem para o Victor e ele foi categórico: “Passa aqui que a gente arruma
sua espada. Sem custo algum.” Isso é que é garantia estendida.
Quando você pensa em um ferreiro de espadas logo surge na
sua cabeça a imagem icônica de um sujeito forte, musculoso, suado e mal
encarado. Algo como Eorlund Gray-Mane
(Skyrin) ou quem sabe, mais modernamente o Tony Swatton do canal man at arms do
youtube.com. A última coisa que você espera encontrar é um magrelo de óculo de
grau, com trancinha de padawan em treinamento de Star Wars, atendendo no quarto
dele, direto da asa sul (bairro em Brasília).
Victor é um desses caras que vale à pena ter na sua agenda
de profissionais. Com “P” maiúsculo. Ele está sempre buscando novas formas de
fazer as espadas, novas formas de fazer a guarda, o pomo, a ponta. A maneira
como ele monta as espadas é simples e ao mesmo tempo muito inteligente, criando
um formato mais próximo das espadas de verdade. Anos-luz a frente de qualquer outro
ferreiro aqui em Brasília e região. Aliás, ele não deixa nada a desejar, nem
mesmo das famosas espadas americanas. O trabalho do cara é sensacional.
No tempo que fiquei por lá ele me mostrou alguns projetos
novos e falou das novas técnicas de construção. Ele me disse também que não
usava mais o modelo de construção de espadas que ele usou na minha espada
longa. “Ah Betão, esse modelo de construção é obsoleto. O que usamos hoje deixa
a lâmina mais reta, mais macia e com menos efeito chicote. E mesmo esse que
usamos hoje vai mudar em breve. Já estamos testando espadas no novo modelo de
forja”.
A espada do meu colega de treinos, Manassés, estava lá, em
fase de finalização. É uma espada “de cosplay”, segundo as palavras do Victor. “Eu
nem se ainda porque é que eu ainda pego essas coisas de cosplay/anime”,
comentou ele. “Deveria cobrar mais caro por esse tipo de coisa. Olha o trabalho
que dá!” disse ele, rindo muito.
É... eu sei que este post está soando como aquelas
propagandas da Polishop, mas não é o caso... mesmo. Quando o trabalho é bem
feito temos mais é divulgar, não só para mostrar a gratidão ao ferreiro como
dar a ele mais trabalho. É isso. Nos vemos em breve, gente bacana.
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