quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Minhas impressões do EPS 2018


No princípio
Lembro-me vagamente quando ouvi falar do EPS pela primeira vez. Foi durante o meu treino conjunto da Aliança de Beufort.  Todo mundo dizia que valia à pena ir para um treino conjunto, que era muito legal e coisa e tal, sensacional, que tinha gente pra caramba...

Então eu paguei para ver. Quase 50 pessoas distribuídas entre todos os reinos da Aliança à época. Muito interessante e divertido lutar ao lado, com e contra tantas pessoas diferentes. Tantos estilos diversos, tantas armas diferentes, tanta gente para conhecer. Foi mesmo muito legal.
- Tá gostando, Betão? – perguntou para mim o antigo rei da Aliança, Juan Sebastian.
- Achei muito legal. Valeu à pena vir até o parque da cidade.  – respondi.
- Pois se você gostou tem de conhecer o EPS. Isso aqui não é nem um décimo  do que é o EPS.

Por um momento eu fiquei sem acreditar, mas como eu já tinha morado na terra da garoa e sabia, pelas experiências dos eventos de RPG que eu costumava ir, que em São Paulo tudo é superlativo.

Então em 2016 eu fui para o evento. E meu mundo nunca mais foi o mesmo.

O evento
Mesmo quem conhece o EPS de várias edições não tem como não sofrer o impacto da quantidade absurda de pessoas que participam dele. É muita gente. MESMO. Linhas de trezentas, quatrocentas pessoas de cada lado se aproximando para o alcance das lanças e a defesa dos escudos. É uma sensação única, um tanto indescritível. Parafraseando Cecília Meireles: O EPS é uma coisa que não há ninguém que explique, e uma vez vivido, ninguém que não entenda.

O local foi o mesmo dos anos passados, o Parque Villa Lobos, mas com uma bem vinda alteração. Não seria mais na ilha musical, que estava ocupada com um festival de jazz, e sim em outro ponto, mais arborizado, ao lado do portão 2, próximo a estação Villa Lobos – Jaguaré.

O vídeo com a Toshie mostrando como chegar da estação para o evento foi bastante didático. Fácil de chegar. O local é infinitamente melhor que a ilha musical e desde já tem o meu voto para ser o novo point do EPS: mais arborizado, de melhor acesso, mais seguro, com fácil acesso a lanchonetes, bebedouros e banheiros. Por ser um espaço um pouco menor garantiu que os grupos ficassem mais próximos uns dos outros. Isso aumenta a integração entre os grupos e a segurança de nossos equipamentos.

Fiz um vídeo mostrando a minha experiência durante o evento.  O link estará no final deste relato.
A manhã começou morninha, com poucos grupos, mas a medida que o dia ia avançando as coisas foram esquentando. Depois de ter inspecionado meus equipamentos e de ter me registrado, comecei a passear pelo evento, revendo amigos de outras edições e conhecendo novas pessoas como o tiozão da Magnus Legio, Romão da Wolfenrir, a Charlote do ombro deslocado da Leões do Vale, o pessoal fantástico da Lions and vandals, e tantas outras pessoas maravilhosas que a minha memória de peixinho dourado não permite lembrar agora.

Passei boa parte da manha circulando entre os grupos, numa atmosfera muito amigável e descontraída. Foram dezenas (talvez até uma centena de duelos de x1) onde não tive nenhum dissabor ou aborrecimento. Mesmo nas concorridas rodadas de 4x4, 10x10 e 20x20.

Outro ponto muito forte que eu pude observar foi a organização do evento. Foi impecável. Dos guias espalhados pelo parque, passando pelos juízes-gandulas de equipamentos, até o pessoal da área médica, tudo funcionava milimetricamente bem. Eu me lembro que na terceira ou quarta rodada das massivas eu perdi um braço e deixei meu escudo cair. Logo em seguida eu morri. Quando me virei vi que meu escudo já estava na área de retorno de equipamentos.

Só tenho agradecimentos a fazer. Nada mais. Foi uma experiência memorável. Única. Alguma coisa que todos deveríamos almejar.

Finalizando
Só uma coisa quero acrescentar. Ao final do evento e saí para me despedir dos colegas e passei em dois lugares muito rapidamente: no pessoal da DK do Rio de Janeiro e no pessoal da Magnus Legio de Limeira. E nas duas eu ouvi coisas muito parecidas.

“Gente, o parque fecha em quinze minutos. Reúnam todo o equipamento e vamos embora. Mas antes de irmos, deem uma passada nos outros acampamentos para socializar, apertar as mãos e conhecer os outros. Todo mundo aqui é amigo”. 

Ver essa mesma sintonia nos dois maiores grupos do evento me emocionou de verdade. E no ano que vem? No ano que vem tem mais.

https://www.youtube.com/watch?v=IN6x_Hhkv5Y&t

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