Quando comecei a treinar swordplay eu não sabia de nada ou
de quase nada em relação a construção de espadas. Aliás, nem sabia que haviam
outros equipamentos como lanças, maças, arcos e escudos. Eu me lembro de ter
aparecido nos treinos dos Cavaleiros da Virtude (Santa Maria, DF) usando uma
bata verde, os restos de uma fantasia de cavaleiro que eu tinha usado num dos
EIRPGs da vida e com uma espada que eu tinha forjado sem ter a menor ideia do
que eu estava fazendo.
De lá para cá passou tanta coisa... eu comecei este blog,
participei de eventos, treinei pra caramba e me aventurei na construção de
armas para valer. No meu currículo já tem de tudo: lanças, adagas, espadas – de
todos os tamanhos e formatos – maças, manguais, arcos, escudos e até armas de
cosplay (como Cypher da série de jogos de plataforma Strider).
A única coisa que eu não forjei foi a famigerada fibra de
vidro e o mítico PI 30. Mas tenho pelo menos três armas feitas desse material e
já vi suas forjas mais de uma vez. Tenho certeza que se fosse preciso eu
saberia forjar uma espada desse material com a mesma facilidade que eu forjo
outras espadas.
Até pouco tempo atrás eu achava que as armas feitas com o
combo “PI+Fibra” eram superiores às armas feitas com o combo “Cano+Espuma”. De
certo o conjunto “PI+Fibra” permite que um ferreiro mais habilidoso faça
espadas mais finas e realistas. A fibra é virtualmente inquebrável e o PI
resseca e estraga numa velocidade bem inferior ao espaguete. Como são mais
finas, e de certa forma mais “aerodinâmicas”, as armas de “PI-Fibra” tendem a
serem também mais rápidas e ágeis que suas contrapartes de “Cano+Espuma”. Mas
uma coisa mudou a minha opinião para algo diferente.
No treino deste sábado (08/10/2016) recebemos a visita de
Airon, um dos regentes da Aliança de BeuforT (grupo ao qual os Cavaleiros da
Virtude são filiados). Ao final do treino ficamos conversando sobre swordplay e
outras coisas quando começamos a falar de forjas. Mostrei algumas de minhas
criações e ele comentou que preferia armas de “Cano+Espuma”.
“Acho que para o boffer swordplay as armas de cano e espaguete
são melhores. Elas são bem mais baratas e qualquer um pode fazer a sua. Ademais
elas são rígidas e não têm tanto efeito chicote quanto as armas de fibra. Outro
ponto é que o cano já tem o tamanho certo da empunhadura. Se você quiser alguma
coisa diferente é só aquecer o cano e apertar com pedaços de madeira”.
A colocação dele me fez pensar. Tenho espadas ótimas, de boa
qualidade mesmo, feitas de espuma. São armas confiáveis e que seguem os padrões
de qualidade que eu gosto de seguir: leves, seguras e que não machucam. Sempre que
um colega meu pega nelas comenta que são leves e macias. É preciso muita força
ara machucar alguém quando você usa uma espada “by Betão”. Então como elas
podem se assim tão inferiores as armas de PI 30?
Desde aquela conversa eu tenho pensado que não existem armas
melhores ou piores: existem armas diferentes que atendem a gostos diferentes. É
importante ler além das informações técnicas e especificações de cada produto
para saber se você se dá bem com essas armas ou não.
De minha parte vou continuar usando as armas que eu tenho,
mas, alternando um pouco mais entre os modelos que eu fiz e os que eu
encomendei. Quem sabe eu não aprenda uma coisa ou duas a mais sobre a
construção dessas armas maravilhosas?
Eu costumo usar o combo "cano+flutuador" até porque a fibra e o pi são super difíceis de encontrar na minha região (interior da Paraíba) e quando encontro são muito mais caros do que eu e a maioria das pessoas do clã esperam gastar em qualquer equipamento, seja ele espada, lança ou qualquer outro.
ResponderExcluirE tenho conseguido resultados bem satisfatórios com esses.
Gostei bastante dá matéria
Parabéns