domingo, 18 de junho de 2017

Vamos ao encontro do mais forte

Se você é um cara bom de referência, com certeza reconheceu o lema do desenho Street Fighter, que passava no SBT no final da década de 90 e começo dos anos 2000. Era o mote do personagem Ryu, que sempre estava em busca de desafios cada vez maiores. É uma forma quase nietzscheana (referente ao filósofo Nietzsche) de que “aquilo que não me mata, me torna mais forte”.

Essa deveria ser, a meu modo de ver, a postura de qualquer pessoa que começou a treinar há pouco tempo swordplay. Aliás, vou reformular essa sentença: essa deveria ser a postura de qualquer pessoa que treina swordplay. Buscar sempre alguém mais habilidoso para lutar, buscar novos desafios, ir sempre de “encontro ao mais forte”.

Nos meus primeiros dias de treino nos campos de Eldhestar (antigamente conhecido como Cavaleiros da Virtude) eu estava disposto a aprender tudo que eu pudesse sobre como lutar. E tinha um guerreiro em especial, na época, que era tido como o melhor de todos. Não à toa era o Rei na época. Uma vez eu decidi que só pararia de perseguir esse cara no campo de batalha depois que eu ficasse tão bom ou melhor do que ele. E foi o que eu fiz. Eu me lembro de que sempre que fazíamos uma linha e ele ficava do outro lado da linha, eu fazia questão de ficar de frente para ele e buscar por ele no campo de batalha. Não dava sempre, mas eu não deixava de buscar. Eu vou dizer que demorou uns 4 treinos e mais de 30 duelos para que eu obtivesse a minha primeira vitória consciente – eu não estava contando vitórias com sorte.

Os equipamentos dele eram melhores que os meus. Ele tinha mais técnica. Mas sempre que ele me derrotava eu voltava cada vez mais determinado a vencer.

Melo, o lanceiro que ninguém
quer enfrentar...
“Peraí Betão... tu estás dizendo que buscava direto o cara mais forte do grupo... por que? É vontade de ficar sentado na grama vendo os outros lutarem? Tu não tens ego? Não sente vergonha de ser derrotado todas as vezes que enfrenta esse cara? No meu grupo tem um cara com lança que é quase invencível. Sempre que eu o avisto no campo de batalha eu saio de perto. Vou buscar outros caras que eu sei que eu posso vencer”. Comentou aquele rapaz de cabelos loiros, bem curtinhos e de bata preta e branca.  

É cara, é mais ou menos isso. Sabe por que? Porque a evolução no swordplay (e na vida em geral) se dá quando encaramos coisas difíceis. Fazer soma todo mundo sabe; agora fazer cálculo é outra história. Bater com a espada é moleza; agora dominar um ou mais estilos é outra história. E essa é uma super postura para o grupo também. Se todo mundo busca pelo melhor, logo todo mundo vai se tornando melhor.


Bom, era isso. Nos vemos por aí. 

Um comentário:

  1. Sensacional!!! Acho q sempre devemos puxar nossos limites para ver ate aonde podemos ir... treinar como oponentes mais fortes gera uma analise de batalha mais aprofundada pois qqr vacilo é morte!

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