terça-feira, 6 de junho de 2017

Swordplay para o autocontrole e uma boa saúde.

 Mais do que lutas e técnicas, o swordplay, como todas as artes marciais, ensinam a ter disciplina, respeito e autocontrole. Tudo isso com um bônus mais que desejado nos dias de hoje:  fortalecer, definir e tonificar o corpo, estar associado ao aumento no equilíbrio e agilidade corporal trazendo com isso muitos benefícios à saúde de seus praticantes.

Recentes estudos de diversas universidades espalhadas pelas Américas, Europa e Ásia demonstraram que crianças que passaram a praticar artes marciais (incluindo swordplay e suas vertentes derivadas), apresentaram um maior autocontrole e disciplina, além de diminuir a agressividade. Segundo o escritor e jornalista Jéssie Panegassi, “As artes marciais funcionariam melhor do que uma terapia convencional, uma vez que a terapia convencional não diminui as emoções negativas”.

Ainda segundo os mesmos estudos, a prática de artes marciais não faz bem apenas para crianças e jovens. Seus benefícios se estendem a adultos e idosos. Estudos comprovaram que aqueles que praticam artes marciais têm maior qualidade de sono. Em alguns casos existe também a melhora na frequência cardíaca e aumento da resistência, além da prevenção de massa magra.

“O ideal é que se pratique atividade física” ressalta a Dra. Ana Lucena, da PUC-SP. “Melhor que isso só se a pessoa fizer uma atividade prazerosa. É como juntar a fome com a vontade de comer” ressalta a fisioterapeuta. E a Dra. Ana não está sozinha. Segundo Marcelo Silva, docente da disciplina de Artes Marciais, Lutas e Combates das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMUSP) “as mulheres também têm muito a ganhar com essa prática por atuar de forma preventiva nas artroses em geral, na artrite reumatoide e em várias outras patologias”.

Apesar desses resultados e das pesquisas, muitos ainda questionam se a pessoa não se tornará ainda mais agressiva com a prática das lutas. Muitos pais e algumas autoridades ainda vem com maus olhos a prática das artes marciais, como uma fábrica de fazer agressores.

“A época dos pity-boys já passou”, garante a atleta e professora de Jiu-jitsu Andrea DeRose. “Hoje as academias sérias selecionam bem seus alunos e atletas. Quem começa a arrumar confusão demais acaba ficando com má fama e fica sem ter onde treinar”.

E como o swordplay entra nisso tudo? Bom, como o swordplay nasceu de uma observação das antigas formas de esgrima histórica, ele também não deixa de ser uma arte marcial. Muitos grupos também primam pela ética e o respeito aos outros, aumentando não apenas a capacidade física, mas o autocontrole e a autoconfiança de seus praticantes.

Educação, respeito, equilíbrio, melhor uso da energia física e mental, amizade e felicidade mútua são algumas das filosofias, que são pregadas na aliança Beufort (grupo de swordplay na capital federal). Entre os adultos, o swordplay ajuda a combater o estresse, além de ensinar a respirar, trabalhar a força, velocidade e coordenação. Para as mulheres, que geralmente têm uma densidade óssea mais prejudicada, é útil para prevenir a osteoporose, por ser uma atividade física de força, que estimula os ossos e a musculatura. Crianças hiperativas se beneficiam pelo aprendizado do equilíbrio e da disciplina. E todas elas passam a entender que há tempo para tudo, desde a saudação em silêncio até o momento de combater sem reservas numa batalha campal. A autoconfiança e a concentração são estimuladas. A parte física tem como reflexo o equilibrado desenvolvimento musculoesquelético, maior coordenação, força e resistência. Idosos mantêm a musculatura desperta e ativa, a ponto de o praticante sentir prazer com a atividade. Caso ele já tenha praticado no passado, pode reaprender a usar o seu corpo, mesmo com um esforço maior.


2 comentários:

  1. Parabéns pelo texto!
    Ótimas informações!

    Att: Clériston Sales (Warlike Souls Brasil)

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  2. Texto excelente! Mais do que apenas o desenvolvimento físico, algo que eu gostaria de ver se desenvolvendo em meus colegas são as filosofias trabalhadas pela aliança Beufort. Quero ver mais pessoas assim.
    Um abraço para você, Betão!
    Lucas, do clã Ksifi, Gladius e do blog Swordplay Brasil.

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