domingo, 1 de dezembro de 2019

O time dos sonhos


Hoje eu estava conversando com um grande amigo meu e no final da conversa eu fiz um comentário mais ou menos assim: "cara você é uma pessoa incrível e eu duvido que o pessoal do seu clã saiba quanto você é uma pessoa maravilhosa".

Depois que eu fiz este elogio, eu fiquei pensando que temos pessoas incrivelmente maravilhosas nos nossos clãs, mas que nós não damos a devida importância porque podemos estar ocupados com outras coisas.

Sendo assim esta curtíssima postagem vai servir para que eu possa criar uma espécie de time dos sonhos. São pessoas que eu gostaria muito de ver treinando comigo mais vezes por ano, mas que por uma questão geográfica ou de agenda mesmo não podem.  É óbvio que eu não vou poder chamar todo mundo que eu conheço. Eu gostaria, mas a minha memória anda pregando peças e assim eu gostaria de pedir desculpas antecipadas se eu esquecer seu nome ou escrevê-lo de forma errada. Obviamente não vou citar ninguém do meu grupo porque, bem, eles já são do meu grupo.

A primeira pessoa que eu quero chamar para ser o meu segundo em comando e ajudar a passar os conteúdos e informações para o meu time seria o senhor Fred Galheiro do grupo DK DF. Fred é uma pessoa incrível, intensamente humilde e capaz de transmitir com exatidão as ordens que precisam ser dadas. Além disso ele tem discernimento o bastante para adaptar as ordens recebidas para as situações mutantes do campo de batalha. Não ter o Fred como segundo em comando em qualquer batalha é um pecado que 90% dos clãs do DF cometem.

Como eu costumo jogar com a linha clássica de obrigadas as próximas indicações são para bloquear e proteger o meu lado direito e o meu lado esquerdo. As escolhas são óbvias e representam também dois pontos intensos de liderança, bom caráter, camaradagem, e bom humor na medida certa. Para o meu flanco direito eu escolho Juan Sebastian, ex-membro da aliança de Belford, e atualmente da ordem de Alamut. Para o lado esquerdo ninguém menos que Richard da DK RJ. Com seus conhecimentos marciais e suas técnicas de trabalho em grupo dificilmente alguém chegaria até mim para desferir qualquer golpe no meu escudo.

Para os batedores, ou seja, aquele pessoal que corre feito louco distribuindo morte e ferimento nos campos de batalha a minha primeira opção é o Shingo. Além de ser um companheiro Leal, suas habilidades com dois machados são raras e inestimáveis. Trabalhando em conjunto com ele eu não consigo pensar ninguém melhor do que o Caos do Darastrix SP.

Mas ainda não temos poder de fogo. Mas é por muito pouco tempo. Neste caso eu gostaria muito de ter no meu clã o Red, da Alamut, juntamente com o líder da Alamut, o queridíssimo Mumu. Para cuidar das lanças e nos dar uma aparência digna dos melhores exércitos de game of thrones eu chamaria Harunokaze, do reinos do Sul.

Como o doutor honoris causa e provavelmente fazendo um trabalho de forja, eu chamaria o Glauco Ferrinho. Dividindo esse espaço de “doutor” com o Glauco eu chamaria mais três pessoas incríveis: Lu Koyama (esqueci seu clã, desculpe), Any Lumi Sasaki da Falkisgate.
No fim é só uma grande brincadeira. Não pensem que eu quero roubar os membros de vocês. Bom, eu roubaria, se pudesse.

No fim acho que foi só uma desculpa para elogiar os amigos. 

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Precisamos continuar falando sobre abuso e assédio


Recebi este e-mail de uma leitora e não sei como responder. O mundo perdeu um pouquinho do brilho, sabe? Por motivos óbvios eu vou ocultar os nomes dos envolvidos e dos grupos.
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Oi Betão. 
Meu nome é Sandra (fictício), sou de XXXXX e até pouco tempo atrás eu treinava com o pessoal do XXXX. Treinava. Eu não treino mais. Rolaram algumas coisas no meu grupo de sword que me fizeram abandonar o esporte. Estou mandando esse e-mail para você porque quando eu e você conversamos no XXXXXXX, você pareceu ser um cara legal e simpático. E também porque o meu psicólogo disse que eu precisava desabafar com alguém. Ajudaria no processo de “cura”.

Eu comecei no sword bem cedo. Tinha uns 13 para 14 anos. Logo que entrei no grupo um dos líderes me adotou como pupila. Ele era super atencioso comigo, me ensinava um monte de coisas... foi o pai que eu não tinha em casa. O nome dele é Tiago (fictício). Bem... desde o começo eu sempre fui quase que uma filha pra ele. E por muito tempo ele cuidou de mim como filha mesmo. Mas aos poucos isso passou de simples relação de pai-filha pra mais algo um pouco mais complicado. Quando eu comecei a namorar uma menina de outro grupo, a Geni, ele não gostou.

Houve uma treta entre ele (o Tiago) e “Rei” do XXXXXX, um grupo meio que treinava perto da gente. Foi feio. Eu e a Geni tivemos que acalmar os ânimos dos dois. Ele então começou a cortar os laços com as pessoas que treinavam no outro grupo, sabe? Só que a gente já se conhecia de outros rolês. Hoje eu sei que ele não tinha esse direito, de me proibir ou de proibir quem quer que fosse de ter contato com a galera do XXXXXXXX. Hoje é óbvio q não, mas sei lá, eu achava que tinha... Poxa ele tinha cuidado de mim, e no começo eu me senti meio presa no meio dessa treta.

Ai tudo começou a ficar pior por conta de um treino que não fui. Minha mãe pediu que eu ficasse em casa (ela tinha acabado de voltar de viagem). Por coincidência a Geni também não foi no treino. Apesar de eu ter MANDADO UMA FOTO PRA ELE COM A MINHA MAE, ele veio brigar comigo porque eu não aparecia na foto. Eu tenho até o audio dele dizendo que não acreditava em mim, que era melhor eu não deixado de ir para o treino para ter saído com a Geni... porque aos olhos dele, isso seria alta traição.

Eu comecei a ficar meio paranóica, porque eu pensava que todo lugar que eu estava ou com alguém do XXXXXX ou a minha própria namorada, ele iria brigar. A situação piorou muito desde então. Eu mal reconhecia o cara gentil que me ensinou a empunhar uma espada! E tudo meio que explodiu quando ele veio brigar comigo porque eu fui numa festa que o grupo da Geni organizou. Ele me acusou de traição e tal. Ele disse que “ou você está comigo ou está contra mim”.

Só que nossa amizade chegou num ponto que ele só me convocava para trabalhar pro clã. Eu sempre era escalada para ir em eventos e feiras. E ele nunca me perguntava se eu tinha disponibilidade. Deixei de fazer um trabalho da faculdade por causa de uma dessas convocações. Ele disse que eu eu a filha dele; ele não tinha que pedir e eu tinha que obedecer. Teve uma vez que ele simplesmente me mandou ir, mesmo sabendo que eu estava ardendo em febre. Se não fosse pela Geni e por uns amigos, eu poderia ter me dado muito mal.

Depois desse dia, meio que a ficha caiu, e então eu decidi sair. E poxa, eu escrevi um texto tão de boa, avisando que ia sair, agradecendo por todos os ensinamentos... Betão, eu tenho tudo para provar cada palavra do que eu estou dizendo aqui. Prints, áudios, tudo. Mesmo. Tenho mais de 40 prints que provam que eu tentei de TUDO. Eu estava exausta. Esgotada. Até minha mãe percebeu que eu não estava bem. Comecei a ir mal na faculdade. Quase perdi um emprego legal por conta dessa situação toda. E tenho certeza que magoei algumas pessoas no caminho. Minha mãe descolou um psicólogo da prefeitura para mim.

Foi foda. É foda ainda. Marquei um dia para devolver minhas coisas. Meu tabardo, minha patente, a espada de fibra que ele fez para mim no meu aniversário de 15 anos. Eu ia sozinha. Mas aí o pessoal do grupo da Geni disponibilizou uns guerreiros para me acompanhar, para que eu não fosse sozinha, saca? Na verdade, eu pedi para eles irem comigo.

Posso ter errado nisso, mas eu estava com medo, entende? Não sei se você entende, mas eu estava com muito medo. Eu sabia que se fosse sozinha ele ia fazer alguma chantagem pra me fazer voltar. Sei lá. Ele poderia me humilhar na frente dos outros, como ele vinha fazendo ultimamente. Cara, hoje eu percebo que eu estava com medo de levar uma surra dele!

O resultado você já deve imaginar: Ele baniu de tudo, treino, evento, família.... Até do “coven” onde ele era meu mestre... até de lá ele me baniu. Ele me tornou uma persona non grata. Qualquer um que tenha contato comigo tá arriscado de suspensão ou de perder patente.

Quanto eu e a Geni, bem, estamos firmes e fortes, acaba que o amor vence tudo. Ela ficou ao meu lado em tudo e me abriu os olhos para a manipulação em que eu estava. Então ele espalhou para todo mundo que eu tinha traído o clã. Poxa, eu tô com a consciência limpinha, saca?

Mas o meu doutor me aconselhou a largar o sword. Tem muito gatilho lá. De vez em quando eu vou ver a Geni treinar, bate uma saudade, mas eu sei que estou melhor assim.

Eu queria que você publicasse o meu relato. Dá uma corrigida antes, tá? Sei que você é professor e eu deixo você consertar o que precisar no meu texto. Mas publica ele? Tem muita gente que lê o seu blog. Muita menina também. Quem sabe, se elas pudessem ver o que se passou comigo, sei lá, pudesse servir de alerta para elas. Se quiser esclarecer algum fato ou ver algum print, é só me dar um oi.
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Não sei o que dizer. De verdade. Que sirva de aviso para os outros, Sandra. Como você pediu.

domingo, 17 de novembro de 2019

LudoSport a luta com espadas de luz chega em terra brasilis


Ludosport: o futuro do swordplay?
Se você gosta de esportes de esgrima, filmes de ficção e não se importa de admitir que pode ser um pouco esquisito, pode dar oi para sua nova variedade de esporte favorito, a se juntar a outros medalhões como recriação histórica, booffer swordplay, Softcombat, e Battle of the Nations. A LudoSport Combat Academy é uma associação esportiva com fins lucrativos cujo objetivo não é mais nem menos que traduzido literalmente em seu site: “praticar e ensinar um novo tipo de esporte: combate com o sabre de luz/espada a laser”.
Esta academia, fundada em 2006 em Milão e afiliada à liga italiana de esportes amadores, a UISP, possui diferentes centros de treinamento em toda a Itália, Inglaterra, Irlanda, Havaí, Rússia, só para citar alguns. Não é muito menos um grupo de fãs que se reúne aos domingos para ficar com simulacros das famosas  espadas da série multimídia Star Wars, imitar seus personagens favoritos e rir... a coisa é séria.
A novidade desse esporte 100% nerd é que ela acaba de chegar ao Brasil.

LudoSport Combat Academy: as chaves para o combate Jedi.
Luís Felipe Nascimento, figura mais que conhecida do boffer swordplay, um dos fundadores do Star Warriors, é o primeiro Mestre de LudoSport certificado do Brasil. Ele foi até à Itália e passou por um treinamento intensivo para trazer o esporte para o Brasil. Ele conta como ele decidiu se tornar professor desse esporte peculiar: “Conheço muitas pessoas que praticam esgrima e outros esportes semelhantes e imaginei que deveria haver um grupo que praticasse o esporte do sabre de luz. Conheci o esporte em 2017, mas só tive condições de me formar nele este ano.  Depois de passar muito tempo pelos grupos de boffer swordplay finalmente encontrei o LudoSport”.
O primeiro evento da Ludosport Brasil aconteceu em São Paulo. Luís conta que ficou muito surpreso com a recepção das pessoas. “O clima em São Paulo estava ruim: estava chovendo, era feriado e eu criei o evento tipo em dois dias, e ainda assim, tive umas 14 pessoas nas aulas. Acabou que fiz duas aulas de uma hora. Tenho fotos e vídeos para postar, mas ainda estou organizando as coisas”.
O novo esporte, no entanto não é tão “barato” como as modalidades de boffer swordplay, espalhadas pelo Brasil. Luís explica que está cobrando 210 reais pelas aulas. Desse dinheiro 100 reais vão direto para o aluguel do espaço, que fica no metrô República, bem perto do edifício Copan, e é onde a seleção brasileira de esgrima olímpica treina. Ou seja, é um lugar perfeito, por excelência, para praticar espada. Qualquer tipo. “Com os outros 110 reais bancamos os equipamentos e do custo da franquia... como estamos começando agora não estou cobrando nem o meu pró-labore”, explicou Luís. Para ser ter um bom parâmetro de comparação o Instituto Nitten cobra por volta de 400 reais de mensalidade, fora o bogu (amadura de treino) que custa 3-5mil reais além do uniforme e outras taxas. Em adendo você só pode comprar equipamento do Instituto. E por que estou citando o Instituto Niten? Porque ele é o que existe do mais próximo do duelo com sabres de luz no Brasil. Para efeitos de comparação, em São Francisco (EUA), eles cobram entre 150 a 180 dólares por mês.
A LudoSport nasce da junção do kendô, das regras de esgrima olímpica e esgrima medieval italiana. Tudo é técnica: Base, movimentação, ataque e defesa. Tudo também é lindo de se ver.
Atualmente Luís trouxe para o Brasil a modalidade “clube”, que permite que ele tenha no máximo 15 alunos. Mas ele quer implementar em breve a modalidade “Academia” que permite 50 alunos ou mais. O contrato para abrir uma academia exige que se invista 5 mil euros com marketing no primeiro ano (algo em torno de 23 mil reais ou pouco mais de 2 mil reais por mês) e já no segundo ano uma taxa 4 mil euros pela franquia.
E o preço dos equipamentos? Você precisa de um sabre de luz, óbvio. O modelo mais simples, idênticos aos trazidos da Itália pelo Luís, custa, por baixo 500 reais. Não é tão caro se você pensar que é um sabre que vai durar toda a sua vida como mestre jedi. Tem sabres no mercado livre e lojas, que não vendem por menos de 2 mil, e não são de combate. O uniforme consiste em uma calça, uma camiseta e uma luva acolchoada. Nada fora do comum.
Luís diz que é ótimo poder praticar esportes e entrar em forma enquanto realiza uma fantasia de infância. E quem, fã de Star Wars, não gostaria de praticar o esporte derivado diretamente dos filmes que a gente tanto adora?

LudoSport Combat Academy: o caminho dos Jedi (ou Sith) em 7 fases.
Os jovens aprendizes trabalham suas habilidades em 7 níveis diferentes, todos baseados em técnicas reais de esgrima, desde as da Idade Média europeia até as técnicas de samurai japonês.
Fase 1: Shii-Cho. Focado na mais pura defesa
Fase 2: Makashi. Uma técnica elegante que se concentra muito no posicionamento adequado dos pés durante o combate.
Fase 3: Soresu. Movimentos corpo a corpo para nos proteger com o mínimo de esforço possível.
Fase 4: Ataru. Aqui começam as técnicas ofensivas. É um estilo de ataques rápidos e poderosos.
Fase 5: Djem-So. Um estilo extremamente ofensivo em detrimento da habilidade menos defensiva.
Fase 6: Niman Um estilo que tenta combinar e encontrar o equilíbrio entre os 5 anteriores.
Fase 7: Juyo-Vapaad. O estilo que requer mais técnica. Procura provocar o inimigo através da improvisação e fluidez dos movimentos.
Como podemos ver, é bastante sólido e parece mesmo um esporte muito elaborado. De fato, embora obviamente a maioria dos participantes seja fã de Star Wars, os organizadores e promotores desse esporte enfatizam fortemente que não é um fã-clube e que esse esporte deve ser tratado exatamente como qualquer outra arte marcial. Com um diferencial que suas luvas de Muay Thay não fazem “uôm” quando você se move com elas.

Um nome, um céu (One name, one sky)
O princípio principal do LudoSport está resumido na sigla italiana Se.Cu.Ri (Serviço, Cuidado, Respeito). No LudoSport, cada aluno apoia seus colegas de equipe, levando-os a superar seus limites, como farão da mesma forma. No LudoSport, ao ensinar uma disciplina de combate, as técnicas são projetadas e ensinadas a serem inofensivas, e o controle é parte integrante do processo de treinamento. No LudoSport, todos são levados a se enfrentar, e o Campeão do Mundo enfrenta o último membro com a humildade daqueles que sabem que podem aprender com os outros, ensinando-os a fazer o mesmo. Graças ao Se.Cu.Ri, em todas as partes do mundo, os alunos encontram o mesmo ambiente, onde todos têm seu próprio espaço para crescer do ponto de vista técnico, sem abrir mão da diversão e da imaginação.
Nas competições de LudoSport, homens e mulheres competem juntos em termos iguais. As diferenças físicas naturais são de fato compensadas pela variedade de técnicas e estilos de luta, uma riqueza que permite a todos - em condições físicas iguais - desenvolver sua própria competitividade.
Ficou interessado? Procure por @ludosportclub.saopaulo no facebook ou no Messenger.




sábado, 12 de outubro de 2019

Lá de e de volta outra vez


Eu escrevo sobre swordplay já faz algum tempo. Desde que eu comecei a praticar o esporte, praticamente. Escrevo sobre todo o tipo de coisas. Sobre armas, regas, comportamento, estilos de combate, eventos, práticas, grupos... quase tudo já passou pelas páginas deste blog.

Amanhã eu vou ter o meu primeiro treino desde que tive um “infarto agudo” – segundo palavras do meu cardiologista e do hospital que cancelou todos os convites para o meu enterro precoce. Desde esse dia eu tenho pensado muita coisa. Muita coisa sobre a vida que eu levei até aquele dia, sobre a vida que eu venho levando desde então, sobre hábitos, posturas, encontros e desencontros. Pensei a respeito de valores que eu julgava ter. Alguns me abandonaram tão logo eu entrei na UTI, outros permanecem sobre o meu ombro, como guias invisíveis do que eu devo fazer e mais alguns ainda resolveram se apresentar e dizer que vieram para ficar.

Eu estou “em reforma” como diziam as antigas páginas pessoais da web, antes dos grandes agregadores de gente das redes sociais. Mas o que eu quero me tornar? Que tipo de esposo, homem, pai, professor, líder de clã eu quero ser? Eu recebi outra chance da vida que eu tanto agradeço. E não quero bancar o Napoleão com essa chance.

Quando Napoleão foi encarcerado na ilha de Elba ele ficou desgostoso e pediu veneno para se matar. Recebeu uma pequena dose e perguntou: o que é isso? “É seu veneno”, respondeu o pajem. Enraivecido Napoleão mandou buscar a garrafa inteira. “Uma dose de veneno não bastará para acabar com minha vida; traga a garrafa toda”. Dito e feito, o ex-imperador recebeu a garrafa e bebeu tudo. Mas a acidez do veneno atacou seu estômago e, nauseado, Napoleão vomitou tudo. Passou muito mal nos dias seguintes, mas sobreviveu.

O que uma pessoa normal faria ao ter uma segunda chance na vida como essa? Provavelmente tudo! Mudaria toda a sua vida. O que fez Napoleão? Julgou-se imortal, pois nem mesmo uma garrafa de veneno fora capaz de lhe dar cabo da existência. E o que ele fez depois? Fugiu de Elba, invadiu Paris, destronou o Rei e governou por mais de cem dias antes de ser novamente derrotado. Desta vez, em definitivo.

Como eu disse antes, eu não quero bancar o Napoleão. Eu não quero invadir Paris. Eu quero viver esta nova vida nova que me foi dada aos 43 anos de vida. Eu amo muitas coisas na minha vida. Mas amo muito mais estar vivo.

Anseio por amanhã. Vai ser um divisor de águas num dos aspectos mais sérios da minha vida.

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Ajudem a BCS

Olá Galera!


Para quem não sabe, Swordplay é uma prática desportiva que simula uma batalha medieval com armamentos de espuma que garante segurança e diversão pra quem pratica.



Durante anos os nossos irmãos da BCS praticaram no Parque da Cidade em Salvador, mas agora, por algumas pessoas que não conhecem a segurança da prática, estão querendo proibir que eles continuem a praticar! Para lutar contra isso, estamos juntos nessa linha de frente, escudo com escudo, solicitando oficialmente que nossos irmãos de armas possam continuar suas atividades.




Por isso, precisamos de varias "assinaturas" de QUALQUER pessoa do país u.u



Então, por favor, ajudem!

http://bit.do/fbcTP


domingo, 15 de setembro de 2019

As novas classes do swordplay


Certa vez conversando com o Glauco da Magnus Legio, escutei um argumento que definitivamente mudou minha maneira de encarar a atividade de swordplay. Ele disse: "Betão se você quer que seu grupo de swordplay cresça e se mantenha, você tem que fazer coisas novas a cada 6 meses no mínimo. Bagunce as coisas, mude as regras, traga coisas novas".

E quem conhece os Lordes de Ferro sabe que eu venho fazendo exatamente isso. Praticamente toda semana eu trago alguma modalidade nova ou alguma novidade para deixar o treino mais interessante. Isso vai desde as nossas já famosas maldições, passando por novas armas e novas modalidades. Nosso manual de regras já vai na sua terceira reencarnação. Como diria Empédocles de Agrigento a única constante na vida é a eterna mudança.

Pensando nisso e tentando fazer uma coisa mais voltada para os jogos de RPG eletrônico, nós criamos quatro classes novas para os jogadores. Essas classes são plenamente opcionais e quando um jogador aceita se tornar uma delas tem que permanecer nela por pelo menos 12 treinos consecutivos. Cada classe tem uma determinada vantagem e uma desvantagem para balancear tudo.

São elas: assassino, curandeiro, bárbaro e tanque.

O assassino ganha maestria do ataque pelas costas. Todo ataque válido pelas costas é considerado hit kill. O assassino pode usar qualquer arma que quiser. A desvantagem é que ninguém gosta de um assassino que mata pelas costas e cedo ou tarde todo o treino vai querer a cabeça dele.

O curandeiro tem habilidade de curar pontos de vida dos seus colegas e de si mesmo. Como todos os nossos jogos envolvem regras de desmembramento ou carniceiro, esta é uma habilidade extremamente valiosa. Dependendo do tipo de jogo que estamos jogando ele pode ressuscitar os colegas no meio do campo de batalha. Infelizmente ele só pode usar armas de uma mão e sempre tem que deixar uma das mãos livre.

O bárbaro ganha um ponto de vida Extra. Neste caso o ataque diretamente no peito ou nas costas causa 2 pontos de dano. Bárbaro que não tenha perdido ainda nem um ponto de vida simplesmente sai andando de uma coisa dessas. Sua desvantagem reside no fato dele só poder usar armas de duas mãos e nem um tipo de armadura.

O tanque é um jogador que está bem protegido. Os Lordes de Ferro usam as mesmas regras de armadura presentes na página do grupo gladius, com limite de 4 pontos de armadura por pessoa. O tanque pode acumular um ponto extra de armadura.

As classes são todas opcionais E caso jogador não se interessa por nenhuma delas pode continuar jogando seu swordplay baunilha, sem nenhum problema. Percebemos através desses dinâmicas, e de muitas outras que o swordplay tem muito a ganhar quando a gente "torce" um pouquinho as regras e trabalha dentro de um princípio mais ou menos “fora da caixinha”.

E você, o que achou? Deixe nos comentários abaixo...

É isso, e como diz o meu amigo Glauco, vida longa ao swordplay.

domingo, 11 de agosto de 2019

Memento Mori


Navegando pelo Instagram encontrei uma postagem engraçadinha que me fez repensar muitas coisas. Depois um parente de uma das pessoas na postagem pediu que eu removesse a foto porque o parente  dele estava se sentindo ofendido com a postagem deste blog. Para não ficar sem ilustração eu coloquei uma imagem genérica. Espero quão ofenda ninguém. 


“Eis que você é o líder do clã e perde a luta para o seu mais inexperiente pupilo. ”

A ideia é mesmo rir, especialmente com a foto das pessoas envolvidas. Com certeza não vai virar um meme famoso, e vale a pena para por uma risadinha de canto de boca, especialmente se você joga swordplay. Aliás, se você não joga, o que está fazendo aqui?

De qualquer maneira, como eu disse mais acima, o meme me fez pensar. Primeiro veio o meu lado advogado do diabo: “O que tem de errado em ser derrotado? Quer dizer, não é por eu ser líder de clã que eu sou invencível”. Eu sei, entretanto, que tem muito líder que acha que é invencível justamente por ser líder. Gente que não tem humildade e não aceita ser derrotado, ainda mais por um novato. Certa vez em ouvi de um graduado de um grupo que eu frequentava: “Vai dizer que você me venceu? Você não é melhor do que eu! ”.  Ao que eu respondi: “Não preciso ser melhor sempre, mas dessa vez eu fui”.

Logo depois veio outro pensamento: estão espantados por que o mais inexperiente já consegue derrotar o líder do clã. Quer dizer que o treinamento do cara foi muito bom! Palmas para o seu mentor, que ensinou muita coisa em tão pouco tempo. E aí eu questiono: foi só o treinamento que foi bom ou teve participação ativa do novato? Palmas para os dois, tanto o treinador como o treinado neste caso.

Finalmente cheguei a conclusão que o futebol não é a única “caixinha de surpresas” do campo desportivo e que, por mais que as chances sejam ínfimas, qualquer resultado pode acontecer. Aliás quando é que o Havaí vai ter chances de ganhar do Barcelona? Parafraseando o Dr. Estranho, em Guerra Infinita, em 14.000.605 futuros possíveis, em apenas um isso acontece. E quando acontece, o que a gente faz? Bom primeiro fotografa, depois faz o meme... e depois? Depois agradece a oportunidade.

Chame de sorte, chame de preparação, de descuido, de habilidade, de dia ruim, de fenômeno. Chame do que quiser. Mas aconteceu. E como você lida com o fato vai determinar seu resultado. De minha parte, eu comemoro sempre que um dos meus me vence. Cada vez que isso acontece eu me recordo do meu “memento mori”.

Para quem não sabe, Memento mori é uma expressão latina que significa algo como "lembre-se de que você é mortal", "lembre-se de que você vai morrer" ou traduzido literalmente como "lembre-se da morte". Era usada para relembrar os grandes generais de Roma de duas coisas que fazem a vida valer a pena. A primeira é que não importam as suas glórias e as suas vitórias: lembre-se você é mortal. E a segunda, memento homo, nos lembra que não importa nossas habilidades, não somos deuses. Memento homo: lembre-se que és humano.

Não posso deixar de lembrar minha vida mortal como professor de filosofia ao pensar nessas coisas. Não quando estamos as voltas o tempo todo com celebridades, e “mitos”. Esta ligação do swordplaycom a mortandade e efemeridade está na raiz da filosofia estóica romana e era evocada para afastar a Hubris, orgulho tolo e alta confiança em si  e era a causa de vários males, tragédias e dramas, uma vez que fazia com que homens quisessem se igualar aos deuses.

Por isso, quando for derrotado: memento mori, memento homo, memento et non deficere.

sexta-feira, 19 de julho de 2019

O Refúgio das Guerreiras Convida você!

Olá à todos,

Venho aqui informar e fazer um convite.

Há mais de 1 ano foi criado um coletivo feminino dentro do swordplay de São Paulo, composto por representantes de diversos grupos. O Refúgio das Guerreiras foi criado para ser um porto seguro e local de desabafos e aconselhamento das guerreiras do swordplay, para troca de experiências e alertas. Infelizmente o grupo de representantes não tem todas as representantes dos clãs de São Paulo, e nem de outros estados do Brasil e por isso venho convidar as líderes e representantes de clãs e grupos que estiverem interessadas em participar para chamarem a organizadora, a Giovanna Lima Nunes no inbox.

Venho também informar que se surgir qualquer assunto de cunho representativo para agregar ao comitê nacional e paulista podem me chamarem em qualquer situação em que possa auxiliar. Nosso grupo irá deliberar coletivamente e com pautas que colaborem para que nosso esporte/prática seja um ambiente menos nocivo e muito mais evoluído.

quarta-feira, 17 de julho de 2019

Manual de sobrevivência: 14 dicas essenciais para o EPS


Neste fim de mês semana acontece o EPS – Encontro Paulista de Swordplay, um  dos maiores eventos de batalha campal e boffer swordplay do Brasil e um dos mais aguardados pelo público em todo o país.
Sabemos que você não quer pagar micão, então preparamos um guia com tudo que é absolutamente necessário saber nessas quase dez horas de farra. Segure bem sua espada de espuma e venha com a gente!

1) Atenção para o transporte
O evento acontece no Parque Vila Lobos. O parque tem estacionamento, mas, se você for esperto e não estiver carregando todo o arsenal do seu reino, irá de metrô. Se for de Uber ou táxi é bom tomar cuidado que nas últimas três edições do evento o parque concorreu com uma corrida tipo maratona que passava bem em frente ao seu portão principal.  
Cuidado no fim do dia: no final do evento, todo mundo sai na mesma hora, então se formam filas enormes para pegar os veículos, ônibus ou ubers. Faz parte.
2) Leve sapatos confortáveis
Essa é a dica mais óbvia, mas tem muita gente que realmente não pensa nisso. A área do evento comporta confortavelmente cerca de 1000 pessoas dispostas em duas linhas que se enfrentam nas massivas. Então, dependendo de como vai ser o seu dia, você vai andar bastante.
Portanto, deixe em casa aqueles sapatos que são bonitos, mas machucam. Prefira os confortáveis, que calçam bem, não esquentam demais e não formam bolhas. Vale até levar chinelo na mochila para ter o conforto completo.
3) Se sua roupa for muito complicada, vista lá.
Já que falamos de sapatos e conforto, vale uma dica importante: leve o mínimo necessário para manter a roupa de combate durante o evento. O ideal é levar uma mochilinha com as partes mais complicadas ou frágeis e só colocar lá. Afinal, você não quer perder parte do seu traje no metrô, quer?
4) Leve o que comer
É sério. O parque não tem praça de alimentação e o shopping em frente nunca se prepara para receber a afluência de swordplayers famintos. Na hora do almoço você pode perder facilmente de duas a três horas esperando seu lanche aprontar. Isso sem falar dos preços que são sempre caros. Se você não levar alguma coisa de casa é capaz que gaste mais tempo na fila do lanche do que nos duelos de x1, então, prepare-se.
5) Leve os documentos necessários
Se você tiver entre 13 e 17 anos e for desacompanhado, é OBRIGATÓRIA a apresentação de um documento de autorização assinado pelos pais ou responsáveis. E, em qualquer caso, pelo amor do monstro do espaguete, leve RG.
6) Quer escolher um bom lugar para montar seu acampamento? Chegue cedo
O campo do parque Vila Lobos tem pouquíssimas árvores frondosas. Se você quer aproveitar uma boa sombra para descansar do sol inclemente chegue cedo.
7) Tenha um plano b caso o para o seu celular
Muita gente leva o celular para eventos como esse. Mas esquece que no parque não tem tolkens de recarga. De repende você está de boa, filmando uma luta legal e fica sem bateria? Ou pior, como vai pedir um uber ou taxi para ir para casa sem isso? Então, o ideal é levar um power bank, só por garantia.
8) Leve dinheiro em espécie
Nunca se sabe o que vão passar vendendo no evento. Pode ser um bolo no pote, ou um sorvetinho, ou mesmo uma bela frostmourne de PI-30 e fibra de vidro! Vale a pena levar dinheiro em espécie (inclusive trocado). Assim você agiliza sua vida e evita stress. Além disso, o dinheiro vivo também pode ser útil para comprar lanches de pequeno valor, como refrigerantes e água de coco.
9) Leve mochila ou sacola
Além dos seus itens pessoais de sobrevivência, você vai precisar da mochila para carregar suas coisas: muda de roupa, cantil, protetor solar, power bank, ki de reparos de arma... Acredite, a mochila vai ser uma das suas melhores amigas.
10) Vá de espírito desarmado e pronto para fazer amigos
Nos anos anteriores que eu fui (2016, 2017, e 2018) não vi traços de competição, de querer ser o melhor. Tinha um espírito de confraternização muito legal. “Opa, vamos um x1?” era o equivalente ao “bom dia, prazer em conhecer você!”. Então, se você vem para o evento, venha com esse espírito. Sempre vai ter alguém melhor ou pior do que você. O importante é fazer amigos e seguir viagem.
Se você encontrar alguém que você especialmente não gosta, evite essa pessoa e faça de conta que não viu. Sério, o lugar é enorme. É fácil de se perder de quem se gosta e mais fácil ainda se perder de quem a gente não gosta.
11) Faz muito calor lá, esteja preparado
Você vai estar de tarbardo, carregando espadas, debaixo do sol. Vai estar quente sim. Va preparado. E se você se sentir mal procure uma sombra camarada.
12) Leve remédios
Essa é outra obviedade, mas precisa ser dita. Se você costuma ter problemas como enjoos, dores de cabeça e dores musculares, leve remédios para evitar passar mal. Você vai querer bater a cabeça na parede do banheiro (eca) quando começar a sentir dor após passar três horas em pé, lutando, e lembrar que não trouxe um analgésico ou um anti-inflamatório.
No shopping ao lado tem uma farmácia, mas a caminhada é desanimadora.
13) Prepare seu celular
Já falamos disso, mas vamos frisar de novo. Vá com o celular completamente carregado e leve o carregador na mochila, pois não há locais para recarga (embora isso exija que você fique lá plantado esperando). Diminua a luminosidade da tela e ajuste seu aparelho para um modo de economia de energia, de modo que ele não gaste a bateria com apps desnecessários rodando no fundo.
Vale liberar um espaço no aparelho para as fotos e vídeos que você vai fazer lá. Mas, acima de tudo, tenha bom senso: você sabe que vai precisar do celular, especialmente para achar os amigos ao longo do dia, então é essencial preservar a bateria. Se você a ficar gastando com besteiras, vai ficar incomunicável e com certeza acabará pagando por isso.
14) Respeite os outros
Respeite os outros. Eu não deveria nem precisar dizer isso, mas nos tempos em que vivemos, vai saber. E seja sempre educado: não tire fotos sem autorização, não interrompa duelos,  e respeite os momentos de descanso dos outros. Seguindo essas regras, é difícil dar mancada.

domingo, 23 de junho de 2019

Coroação da Rainha


Um reino, dois monarcas

O reino dos lordes de ferro coroou hoje a sua rainha. Jéssika “Valquíria” ascendeu ao trono em cerimônia realizada hoje no parque Leste, na Cidade do Gama, contando com a presença de ilustres visitantes e um bom número de membros dos Lordes de Ferro.

Jessika começou os treinos de forma discreta, quando ainda treinávamos no campo antigo, no setor central. Como toda novata ela apanhou muito até que decidiu se impor e começou a lutar maravilhosamente bem. Deixou de ser um alvo fácil e passou a ser uma guerreira temida. Não só isso. Ela se tornou um ícone para todas as meninas do grupo: filha dedicada, líder nata, mãe, enfermeira, guerreira... nada mais justo que todo esse trabalho fosse recompensado.

E o resultado está aí. Vida Longa à rainha Valquíria, a rainha incontestável.


Os protetores da Rainha

Loki e Sör Gallahad

Apresento à vos Jéssika Valkíria da casa de Thrudheim, a sua rainha inquestionável. Portanto, diante de todos vocês, estou vindo aqui hoje para fazer a sua homenagem e prestar vassalaria. Todos estão dispostos a fazer o mesmo?  

Você, Valkíria, promete e jura Governar para o povo deste Reino de acordo com os estatutos aprovados em nossas Leis e Costumes?

Você vai usar seu poder para trazer a Lei e a Justiça, na Misericórdia, em todos os seus julgamentos?

Neste caso é meu dever solene e minha honra coroar vossa majestade como a rainha deste Reino!
Vida longa à Rainha! 


terça-feira, 21 de maio de 2019

Revisitando as armas de arremesso

Em 2016 eu escrevi um artigo chamado “armas de arremesso” em que eu discorro a respeito do assunto. Três anos mais tarde a minha opinião e visão de vida sobre o assunto mudou e me vejo na obrigação de reescrever aquele texto. Então, se você preferir, pode chamar essa versão aqui de “versão 2.0 melhorada e não necessariamente ampliada”.

Arma de arremesso é qualquer arma que tenha sido preparada especificamente para ser arremessada (arremetida, jogada ou disparada) em algum alvo ou oponente. As primeiras armas de arremesso que se têm notícia são as pedras usadas por homens pré-históricos. Com o passar do tempo o nosso arsenal aumentou muito: lanças, facas, adagas, setas, dardos, machadinhas, shurikens, bacamartes, pistolas, mosquetes, rifles... bom, já deu para você ter uma ideia. Algumas dessas armas são icônicas e despertam a curiosidade das mais diversas culturas mundo à fora. Outras entram na moda por serem icônicas de alguma série ou desenho, como as kunais de Naruto. Até mesmo armas que nos parecem exóticas como o bumerangue ou o dardo de zarabatana são reverenciadas como prova de que o primitivismo de nossos antepassados não tem nada a ver com falta de inventividade.

No nosso mundinho do swordplay as armas de arremesso estão longe de produzir qualquer coisa que não seja a mais intensa discórdia. Pouco é o consenso envolvendo essa peça. Quando abordei sobre o tema inicialmente, pude perceber que existem três vertentes mais ou menos básicas e abrangentes sobre o assunto: os de uso livre, os de uso restrito e os de uso proibido.

Nos grupos de uso livre as armas de arremesso existem, são permitidas e até incentivadas. Armas de arremesso são vistas como parte eminente do combate: arcos, bestas, nerf guns (desde que se pareçam com armas antigas), adagas de arremesso e até shurikens e kunais (as famosas estrelinhas ninja). Nestes grupos qualquer pessoa pode empunhar uma arma dessas e as regras normais de penalidade por acertar áreas proibidas continuam valendo. Exemplo de grupo: Os Lordes de Ferro, na cidade do Gama. É isso mesmo, o meu grupo!

A principal diferença que encaramos é que as armas de arremesso com regras diferentes. Temos regras para arcos e bestas e regras para adagas e outras coisas. Arcos e bestas se comportam como sempre se comportaram. Onde pegar, causa dano e se pegar em áreas proibidas gera penalidade. Novidade zero por aí.  

A regra muda substancialmente quando falamos de adagas de arremesso, kunais e shurikens. Enquanto a arma está na sua mão ela se comporta como uma arma normal, mas quando você a arremessa, ela passa a causar apenas 1 ponto de dano, independente de onde acerte (desde que seja área válida). Então você pode levar uma adaga de arremesso no meio das costelas e continuar lutando numa boa, desde que você tenha pontos de vida o bastante.

Armas de arremesso só podem ser recuperadas no fim da rodada ou com a morte do seu portador.

Outros grupos entendem as armas de arremesso como de "uso restrito" mas seu uso é restrito (dã... momento Homer Simpson). Normalmente estão reduzidas apenas a arcos e flechas, e mesmo nestes casos apenas lutadores com alguma experiência podem usufruir delas. Mesmo assim, as armas sofrem um handicap: a sua calibragem é reduzida e a as cabeças das flechas recebem cobertura acolchoada especial para reduzir o dano potencial causado por uma flecha. Exemplo e grupo: Aliança Beufort – DF. Se bem que a Aliança vem permitindo, depois de muito tempo, algumas armas de arremesso.

Nos grupos de uso proibido as armas de arremesso simplesmente não existem. Nem mesmo um simples arco e flecha. As armas desse tipo são terminantemente proibidas ou banidas inteiramente. Atualmente eu desconheço grupos com essa restrição.

Como todo mundo sabe o Swordplay é um esporte de conato. Ele envolve acertar os outros com armas feitas de espuma e mesmo com todas as normas de segurança, acidentes podem acontecer. Não é incomum que um golpe mal calculado acerte áreas proibidas (cabeça ou genitais), que se exagere na força, que haja trombadas entre jogadores, além de torções, quedas, arranhões entre tantas outras coisas nem um pouco agradáveis.

Assim sendo eu acredito que a segurança deve vir sempre em primeiro lugar. Nada deveria ser mais importante do que isso. Por isso eu invisto pesadamente para que todas as armas do reino sejam macias e bem fofinhas, dificultando a possibilidade de causar dano real. Mas mesmo com todo o cuidado acidentes acontecem.

Nunca vou esquecer quando o Juan Sebastian (ex-rei da aliança) foi a nocaute instantâneo por conta de uma flechada que pegou na orelha dele. Vale lembrar que  o Juan é uma colina de uns 100 kg e foi ao chão! Imagina se pega numa pessoa que está passando por aí, sem ter a menor noção do que é swordplay? Essa deve ser uma preocupação de qualquer grupo que se propõe a usar armas de arremesso.

As nossas armas de arremesso (fotos) são muito leves e “pequetuxas”. Duvido que causem dano real em alguém. Estamos todos os treinos melhorando nosso entendimento dessas peças.







E no fim? Bom deixo essa decisão para você, leitor. É você e seu grupo que devem decidir se vão usar ou não, com as regras que achar melhor.  Eu recomendo o uso, desde que o seu grupo esteja de acordo e conheça as regras. 

segunda-feira, 20 de maio de 2019

A amazona e o Matsuri


Esse terceiro final de semana de maio de 2019 foi bem movimentado para a galera dos Lordes de Ferro. No sábado tivemos o já tradicional evento do Matsuri, no Centro Interescolar de Línguas, na cidade do Gama e no domingo tivemos a primeira edição do Amazona de Ouro, competição voltada exclusivamente ao público feminino. Ainda “ressacado” pelo trabalho nos dois eventos vou tentar fazer um relato sucinto do que aconteceu nos dois.

Matsuri: ano dois. Dessa vez estamos preparados.
No ano passado fomos convidados pela sensei Veryanne Couto para fazer parte do hall de atrações do evento, trazendo um pouco de ação com nossas batalhas campais. O primeiro ano fomos pegos desprevenidos pela quantidade de pessoas que assolou o nosso estande, como pode ser visto na postagem “Relato do evento do 6º Matsuri no Cil Gama (21/05/2019)”. Fomos literalmente tomados por um tsunami de otakus enlouquecidos em busca de usar jutsus e se baterem com espadas de espuma.

Dessa vez estávamos preparados. Preparamos um arsenal especialmente para o evento e mudamos a nossa localização para perto do auditório. Se ficamos mais escondidos em relação ao ano passado também ficamos mais protegidos. Sombra o tempo todo e um espaço bem bacana para expor as armas. Um adicional extra é que tivemos acesso a um privilegiado espaço não utilizado na unidade do CIL: uma área de horta desocupada que serviu de arena para grupos maiores.

Ao contrário do ano passado, desta vez cobramos pelo uso das espadas e fizemos registro de quem as usava. Isso diminuiu – e muito – o tsunami de cosplayers do Naruto que queria simplesmente destruir o equipamento. Saldo final? Grana o bastante para comprara vários rolos de silvertape (na verdade três ou quatro), jantar de pizza para todos os participantes do estande e menos de três espadas seriamente avariadas. Se me perguntar, foi um sucesso.

A tabela de preço:
Duelo x1 – R$2,00 (melhor de três)
5 minutos de porrada (sem perder a amizade) – R$ 3,00
30 minutos (só para quem tem coragem) – R$10,00
O dia todo (vai e volta quantas vezes quiser) – R$15,00
Ano que vem teremos mais!

Em busca da mais forte.
No começo de 2019, com o intuito de incentivar e valorizar a participação das meninas no grupo dos Lordes de Ferro, começamos a organizar uma competição chamada Amazona de Ouro, que premiaria melhor combatente do grupo.

Foram cinco meses de muito preparo e treinamento que culminaram com uma competição que reuniu as oito mais corajosas guerreiras. Sei que oito não parece um número muito grande à primeira vista, mas é um grande feito se tratando do Distrito Federal. As competições foram divididas em três modalidades: arma favorita, lança e arco e flecha.
Num espírito super esportivo as meninas deixaram de lado a figura dos juízes, arbitrando elas mesmas suas próprias lutas com honradez e verdade. Uma coisa quase que impensável em qualquer outro tipo de modalidade esportiva. A câmera filmando era apenas para lembranças e não para ser usada como VAR.

As competições de arco foram de longe as mais divertidas e que tiveram mais interação da torcida. Cada flecha disparada parecia que era um chute a gol. “Rusha em cima dela, rusha”, gritava a torcida quando uma das meninas estava de arco armado e corria na direção da adversária. “Errou!”, com direito a sotaque de Fausto Silva quando a flecha passava longe dos alvos pretendidos.

A estrutura foi montada para que cada menina enfrentasse todas as outras pelo menos uma vez dentro das competições. Vitórias somavam 3 pontos, empates 1 ponto e derrotas 0. Ao final Rivca Rocha (Caska) tirou primeiro lugar, seguida de perto (apenas três pontos de diferença) por Jéssica Souza (Cabelo de fogo) e  com a Janaína Stephany (Linfër) em terceiro lugar.

Nem tudo foram flores, no entanto: duas competidoras não conseguiram chegar à tempo no campo de honra e foram desclassificadas. Uma delas chegou às 15:10 e a outra às 15:30, mas o tempo limite era as 15:00 horas.

“Puxa Betão, não dava para abrir uma exceção?”

Não. Quer dizer, eu poderia, claro, mas preferi me manter com as regras. Se fosse um concurso público, competição oficial ou vestibular elas teriam sido eliminadas. Sei que é uma lição dura, mas é uma lição que todos tempos que aprender. Outro ponto a destacar foi a baixa adesão de outros grupos. Do Alamut nenhuma menina veio competir (Yukki, estou olhando para você!), da Távola Redonda também não (eu sei Pandy, concurso público em primeiro lugar! Espero que você tenha passado!). Vai ver o Gama é longe demais. Eu entendo isso.

A Aliança mandou duas guerreiras muito corajosas: Giovana Campanaro e Isabela Campanaro (gêmeas!) que abrilhantaram a nossa competição.  Sou muito grato demais a elas.

E no fim? No fim foi uma grande brincadeira, onde todo mundo se divertiu e curtiu. Esse é o nosso espírito, é assim que fazemos as coisas. E agora? Agora é relaxar que semana que vem começam os preparos para o Cavaleiro de Ouro. Competição masculina. Sim senhor. 

Até lá.  

sexta-feira, 17 de maio de 2019

Explicando os testes de graduação


Olá pessoas

Testes de Graduação
Muitas pessoas têm questionado a respeito dos testes de graduação dos Lordes de Ferro, já que praticamente todos os vídeos no nosso canal falam sobre isso. O que? Você não sabia que o Swordplay do Betão tem um canal no youtube? Cara, não perde tempo e vai dar uma pesquisada lá. Pesquisa sobre Lordes de Ferro, se inscreve e depois volta aqui? O que? Já conhece o canal ou já é inscrito? Boa leitura então.
Como eu ia dizendo, muita gente tem perguntado a respeito dos nossos testes de graduação. Como é que funciona, o que é testado, quem pode fazer, o que é que se ganha com isso... bom para responder essas questões eu preciso buscar ajuda no nosso Manual de regras 2019.
Para entender a graduação primeiro é preciso entender os ranks que temos nos lordes de ferro. Os mais simples são: Hospes, Libertus, Militis, Seriont, Magister, Phallanx e Rei.
Hospes são visitantes. Membros de outros clãs que estão visitando o reino. Podem usar seu equipamento pessoal, desde que o possua, ou usufruir do equipamento coletivo do clã. 
Libertus são membros recém-chegados ao clã. Podem usar seu equipamento pessoal, desde que o possuam, ou usufruir do equipamento coletivo do clã. Libertus têm preferência na escolha do equipamento.  
Militis são membros novos que ainda estão aprendendo o básico sobre combate, equipamentos e suas combinações. Para ter este Rank é preciso ter a ficha de inscrição preenchida e se atentar as obrigações com o clã. Pode usar seu equipamento pessoal, desde que o possua, ou usufruir do equipamento coletivo do clã.  É obrigatório que o militis confeccione sua bata própria o quanto antes. Os militis só podem usar equipamento padrão do reino.   
Seriont são membros que completaram o treinamento básico como Militis e deseja ascender dentro dos ranks dos lordes de ferro. O membro que se torna Seriont deve se preparar para compor a elite do clã, sendo parte do grupo de jogadores aptos a representarem o clã em eventos e atividades extra-clã. Para que o membro se torne Seriont o mesmo deverá possuir uniforme e equipamento próprio, além de passar num teste.  O Seriont só pode usufruir do equipamento coletivo do clã depois que todos os militis, libertus e hospes tiverem escolhido seu material. O seriont tem direito de possuir um equipamento especial fora dos padrões do grupo (escudo de formato diferente ou arma com até 20% acima do tamanho permitido). Apenas Serionts (e ranks acima deste) podem ser convidados para fazer parte das famílias do reino.  
Todos os testes apresentados até agora são de Militis que passaram para Serionts. O teste não é obrigatório. Na verdade a estrutura do reino foi pensada para que qualquer um possa se divertir, e muito, sem nunca sair do posto de Militis. As vantagens de Seriont nem são tantas assim: pode representar o reino em eventos fora do reino,  podem usar um equipamento diferente ou um pouco mais longo e podem ser convidados para fazer parte das famílias. E por que uma pessoa se tornaria um Seriont? A partir deste ponto você pode ajudar muito mais o reino. O Seriont é  a porta de entrada para você montar sua própria família ou ajudar o nosso reino a crescer.

E como funciona, finalmente, o teste?
Ele é dividido em duas etapas. Uma prova de combate e uma prova teórica. Na prova de combate analisamos a técnica do membro e como ele se comporta. É um teste de resistência uma vez que ele luta contra guerreiros mais habilidosos e descansados, enquanto o postulante ao cargo não tem direito de descansar. O que queremos ver mesmo é a resiliência do membro, a sua capacidade de seguir apanhando, lutando sem descanso, respeitando as regras do esporte, sem desistir. Durante o teste você pode ser provocado a desistir. É nele que convidamos o membro a encarar seus limites e superá-los.
A prova teórica acontece após a prova de combate, para não dar tempo do membro descansar. Com o corpo ainda agitado e inundado de adrenalina ele deve responder corretamente questões sobre o nosso Manuel de regras, cum uma boa margem de acerto.  São de três a cinco perguntas. Ele precisa ter pelo menos duas respostas certas para cada resposta errada., menos do que isso e o membro é reprovado.
Por envolver uma estrutura dispendiosa de recursos humanos, os testes só ocorrem uma vez por mês. Você pode fazer o teste quantas vezes quiser.
No fim das contas o teste ajuda apenas a medir a força, a coragem a resistência e a habilidade de cada postulante. Sobre o seu caráter, veremos no decorrer dos treinos porque os Serionts são muito mais cobrados que os Milits quando o assunto é seguir as regras do grupo.

sábado, 13 de abril de 2019

Revisitando armas exóticas


Armas exóticas

O conceito de arma exótica não é um consenso. Segundo alguns sites que lidam com armas e artes marciais, o conceito de arma exótica é a seguinte: “a denominação que recebe a categoria de armas de formato incomum ou alterado (...) ou incomum, que por vezes lembram flores, grandes anéis com formato de sol, hastes com garras na extremidade entre outras”. Tamanho neste caso também conta como um diferencial. Foices enormes não podem ser outra coisa que não exóticas.

Mas o que faz uma arma ser exótica? De verdade? A cultura onde ela está inserida. Para os samurais e sua cultura milenar, o florete é e exótico; já para o espadachim italiano do século XVI a katana é que é exótica. Então o que faz uma arma ser exótica é a cultura que ela está inserida.

Outra vertente curiosa para a definição de arma exótica é o número de praticantes dessa arma. Dificilmente um machado ou uma alabarda seriam consideradas exóticas em grupos que lidam com a arte marcial de temática europeia, mas estas armas não são exatamente comuns. Observe bem o grupo que você frequenta: quantos alabardeiros você tem? E usuários de machado? Agora compare esse número com o número de espadas e de lanças. Deu para perceber que o guerreiro que porta uma alabarda ou o que usa um ou mais machados vai se destacar.

Então, quais são as armas exóticas mais comuns que costumamos encontrar nos grupos de swordplay espalhados por aí?

Oversized weapons (armas enormes – escudos contam), armas de outras culturas (katanas, adagas sai, shurikens, kusari gama, etc), armas pouco usadas (machado, alabarda, mangual, etc), de formato incomum (machado de duas cabeças, espada de duas lâminas, etc) e coisas que só podem ter saído de um desenho animado ou jogos (como chicotes de cravos, adaga amarrada numa corda no pé do guerreiro).

E como lidar com essas coisas?

A primeira coisa a saber é qual é o entendimento do grupo sobre isso. Um grupo mais focado em softcombat ou recriação histórica europeia dificilmente aceitaria uma kusarigama ou uma buster sword. Esse entendimento deve ser construído coletivamente e revisado de tempos em tempos. Grupos mais abertos podem ter uma visão mais aberta, mas é sempre seu dever perguntar antes de chegar no treino com um mangual com 1,5m de corrente no treino.

Um segundo ponto a ser considerado é como a arma funciona em grupo. Muitas dessas armas não funcionam nas manobras de linha ou enfrentamento de exércitos no modelo EPS. São mais indicados para usar em contendas menores ou atividades solo.

Outro ponto a considerar é se o item vai precisar de regras adicionais. Uma espada garra de tigre se comportaria exatamente como uma espada normal, diferenciando apenas o seu formato. Digamos que ela tem apenas uma “skin” diferente. Mas armas como shurikens e manguais exigem outra visão.

Vou listar três armas exóticas permitidas no meu grupo e as regras que se aplicam.

Meia lança: uma lança curta, toda recoberta de espuma, com 1m de comprimento. Cabeça rombuda. Pode ser usada como lança ou maça e pode ser arremessada. Causa dano onde pegar (se pegar na perna causa 1 ponto de dano, se pegar nas costas causa 2 pontos e por aí vai).

Facas de arremesso: adagas de até 30cm de comprimento, macias e todas cobertas com espuma. Se usadas como adagas normais funcionam como adagas normais; quando arremessadas causam apenas 1 ponto de dano independentemente de onde atinjam o alvo.  

Mangual atroz: Qualquer mangual cujo cumprimento total ultrapasse 1m. Tanto a cabeça da arma quanto a sua corrente causam dano, mas funcionam como armas de arremesso: causam apenas 1 ponto de dano independentemente de onde atinjam o alvo.

Mas o mais importante de tudo isso é a diversão: tanto de quem usa a arma “diferentona” como de quem vai treinar com ele. Se ambos estiverem de acordo, não tem erro.

Até a próxima!

quinta-feira, 28 de março de 2019

O falcão e o swordplay


Acredito que todos nós já vimos, em uma ocasião ou outra, vídeo que retratam a vida animal. Um dos meus favoritos conta a história dos falcões. Majestosas aves de rapina, esses animais estão entre os mais decididos da natureza. Quando um falcão divisa sua presa e faz o seu ataque ele não se preocupa com mais nada a não ser cravar suas garras na caça da vez. Ele não se importa com as arvores, com os obstáculos e simplesmente mergulha.

Quando começamos a treinar swordplay experimentamos muitas técnicas e golpes. E com o passar do tempo o nosso golpe vai ficando bom. Vai ficando mais rápido, mais seguro, mais versátil. Se continuarmos treinando com afinco, um dia teremos um golpe imbatível. Mas daí as pessoas ficam pensando: e se eu tomar um contragolpe? E se eu não for rápido o bastante? Quanto mais você pensa nessas coisas, mais você anula esse bom golpe, firme e seguro que você vem desenvolvendo o longo dos anos. É um bom golpe, mas que você fica anulando ele na sua cabeça. E qual é o meu conselho? Continue batendo! Deixe que que seu oponente imponha uma defesa ou bloqueio, não tem problema.

Nessas horas você tem que ser o falcão. Atacar sem se preocupar com os contragolpes dos inimigos é uma coisa que a maioria das pessoas não tem. Em outras palavras, quando você for atacar, seja decisivo. Se você acertar, eliminou o inimigo, se você errar, vai aprender com seus erros.

A Importância da Malícia e da Cautela nas Relações Sociais no Swordplay

Na complexidade das relações humanas, é inevitável que, independentemente de quão bons sejamos e de quanto nos importemos com os outros, sem...