domingo, 20 de março de 2016

O que você quer quando vai ao treino?

Ok, eu entendo perfeitamente que esta parece ser uma pergunta óbvia. Mas a minha pouca experiência com swordplay me avisa que a resposta é bem menos óbvia do que parece. E para fazer uma introdução adequada à questão dou-me o direito de parafrasear Aristóteles. O bom grego dizia que a felicidade é o maior objetivo da vida. É o que nos une como seres humanos. Mas o que é felicidade? Para uns é ser rico; para outros é ter saúde; para tantos outros é ainda estar cercado de amigos ou familiares queridos... Praticamente cada ser humano tema  sua própria receita do que é felicidade, mas todo ser humano busca ser feliz. O que nos une como raça, nos separa como indivíduos.

“Certo, filósofo” comenta aquela menina de bata verde e cabelos loiros encaracolados “e o que isso tem a ver com bater espadinha?”. Tudo. Se você trocar “ser feliz” por “ir ao treino” vai entender o que eu quero. Todo mundo quer ir ao treino porque essa prática nos faz felizes. Mas o que é a felicidade para cada um nos diferencia.

Tem aquele cara que, como eu, vai para treinar. Descarregar o estresse da semana e me divertir com amigos. Outros querem apenas desenvolver novas habilidades. Outros querem competir, no melhor estilo pokemon de ser. Encontrar com os amigos fora do mundo virtual – o famoso olho no olho – é também um dos motivos que eu consigo pensar. Aliás, com vistas a este último, tem pessoas no meu grupo que não treinam, mas comparecem a quase todos os treinos apenas para “bater papo” com o pessoal que está treinando.

E qual é o problema? Nenhum. Desde que haja equilíbrio e que no final todo mundo ache a sua felicidade. O problema é quando os grupos acabam se desagregando por conta das diferentes vertentes e modos de se alcançar a felicidade. Imagina que você chega pilhado para treinar, cheio de energia, e o seu colega de treino só quer saber de ficar sentado na sombra da árvore conversando sobre assuntos pessoais.  É como jogar água fervendo no seu chope gelado! O contrário é bem verdadeiro. Sabe aquele dia que a “bad bateu forte”? Justamente nesse dia que tudo o que você precisa é um papo amigo com pessoas da sua confiança e estima, chega aquele cara chato querendo combater. Dá vontade de mandar tudo àquele lugar.

Eu entendo as posições envolvidas, mas tenho que advogar em nome da prática de swordplay. Se você não está a fim de treinar, não vá ou pelo menos não leve o seu equipamento. “Ah, mas no treino passado tinha uma galera sentada conversando. Se esse pessoal não viesse treinar teríamos quantas pessoas treinando? Dez no máximo.”, comenta aquele rapaz com um lenço vermelho amarrado no braço. Daí é que eu discordo de você, colega: se eles vão treinar e não treinam é como se eles não estivessem lá. Estão lá para bater papo, mas não para treinar.


Como resolver isso? Sinceramente não sei. Se você souber de alguma forma de resolver essa sensação, esse gosto de “treino ruim”, por favor comente abaixo. Estou mesmo querendo experimentar alguma coisa. 

2 comentários:

  1. Império Kyôdai : Recentemente passamos por essa situação e a única forma q achei pra resolver isso na minha opinião foi a seguinte, na hora do treino antes do alongamento e aquecimento chamei todos e chamei pra conversar entre vários outros assuntos esse foi um tópico e já fazendo sugestão de um tópico pró amigo, gostaria q abordasse o tema lealdade a bandeira ou ao clã e nn ao amigo q o trouxe, continuando, falei para eles q um grupo/clã de Swordplay é para treinos, brincamos, nos divertimos mas se vc quiser treinar venha e todos sairemos satisfeitos, mas se vc nn tem interesse em treinar fique em casa, nn sei se infelizmente ou felizmente mas o clã só irá desenvolver com pessoas q tem o Swordplay como objetivo, bom nn sei o q pensaram de mim depois, mas até quem só ía pra conversar esta treianndo excelentemente bem, já os outros ficaram em casa, acho ruim? Nenhum pouco, nn sai de casa todo domingo pra conversar e sim pra treinar e esses são bem vindos.

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    1. Obrigado pelas ponderações. Vou pensar sobre o que você escreveu.

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